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Tornando a empatia acessível em Life is Strange: True Colors, já disponível para Xbox One e Xbox Series X|S

Olá! Sou uma pequena parte do timede marca de Life is Strange: True Colors, que foi lançado recentemente para Xbox One e Xbox Series X|S. Hoje, quero apresentar para vocês como a Deck Nine Games e a Square Enix fizeram para garantir que nossa principal mecância de gameplay — analisar as emoções dos outros ao interagir com auras coloridas e intensas — fosse acessível para o publico mais amplo possível.


O poder da empatia


Alex Chen, nossa fantástica nova protagonista, pode enxergar, ouvir e sentir as fortes emoções dos outros como se fossem suas – um poder psíquico e sobrenatural.

Desde o início do desenvolvimento, o time sabia que este poder se manifestaria na forma de auras coloridas que rodeiam personagens não-jogáveis (NPCs), sendo possível identificar o estado emocional de um personagem antes de mergulhar a fundo e revelar seus segredos mais profundos.

A aparência das quatro auras emocionais do jogo – azul para tristeza, vermelho para raiva, roxo para medo e dourado para alegria –, evoluiram diversas vezes durante o desenvolvimento, mas nunca se distanciaram da visão criativa do time.

Outra questão que foi central para o desenvolvedores foram as maneiras como um jogo que usa cores como um recurso narrativo e emotivo poderia melhor incluir e oferecer suporte para jogadores com deficiências visuais.


Um espectro acessível de cores


Em todo o globo, há aproximadamente 300 milhões de pessoas com daltonismo e que possuem um dos três tipos principais de discromatopsia, então sabiamos que uma parte importante do nosso público seria afetada por essa mecânica de jogo.

A solução? O time desenvolveu um conjunto de três filtros específicos e ajustáveis que podem ser encontrados no menu de Acessibilidade, que possuem opções para os três principais casos:
 Deuteranopia (um filtro que torna os tons de verde mais distinguíveis que os vermelhos)
 Protanopia (um filtro que torna os tons de vermelho mais distinguíveis que os verdes)
 Tritanopia (um filtro que torna os tons de azul mais distinguíveis que os amarelos)

Conforme ajustarem as configurações, os jogadores verão exemplos dos filtros em ação com todas as quatro auras, e a intensidade do filtro pode ser ajustada para melhor se adequar ao pretendido. As configurações também podem ser ajustadas a qualquer momento durante o gameplay.

Naturalmente, tornar as auras mais acessíveis não se limitou aos filtros. Outro aspecto da acessibilidade de cores presente no jogo foi o desenvolvimento de texturas únicas para as auras, de forma que elas se tornassem ainda mais distintas umas das outras, mesmo em preto e branco.


Criando Momentos Nova para todos


Isso é aplicado à maioria das “auras principais” com que você irá interagir durante as cenas mais importantes da jornada de Alex – cenas que começam com o que chamamos de Momentos Nova: ocasiões em que a força da emoção é tanta que o mundo ao redor de Alex é alterado para refletir a realidade emocional do personagem.

Aqui, as propriedades características das diferentes auras se tornam mais evidentes – como os sombrios e sufocantes tentáculos do medo, ou as pulsantes ondas da tristeza.

A interface do usuário também tem influência em cada momento em que Alex usa seu super poder. Conforme a protagonista se aproxima de outro personagem e usa suas habilidades, o ícone de interação alterna entre diferentes estilos para representar cada emoção.

Com tantos recursos profundamente interligados com a narrativa presentes em Life is Strange: True Colors, foi ainda mais importante que garantíssemos uma experiência acessível para todos.

Na conversa de Major Nelson com Rebeccah Bassell, produtora de Life is Strange: True Colors da Deck Nines Games, ela destacou que, em relação à acessibilidade, não é necessário o trabalho de apenas um departamento, mesmo quando o jogo já está finalizado. “É um esforço que atravessa multiplas disciplinas desde o início: da direção de arte, a interface do usuário, a programação e, claro, aos testes de qualidade,” ela explicou. “Assim como todo o resto de um jogo, isso é resultado de um time inteiro trabalhando junto para entregar algo maior do que a soma das partes.”


Testando a acessibilidade durante a pandemia


Assim como muitos jogos que estão sendo lançados em 2021, os últimos meses de desenvolvimento de Life is Strange: True Colors se passaram durante a pandemia global. Todas as partes do jogo foram afetadas, sendo necessária a adaptação para que o desenvolvimento acontecesse de casa. O time também precisou encontrar formas criativas – e incomuns – de capturar algumas das performances mais surpreendentes do jogo em ambientes seguros em relação ao COVID.

Mas a pandemia também afetou os testes com jogadores. Tradicionalmente, a versão do jogo próxima da finalização é testada por pequenos grupos de testes ao redor do globo, de forma a garantir que o título possui o resultado esperado na audiência. Com esta opção fora de questão por causa da quarentena, os times optaram por um dos maiores recursos da Square Enix – sua equipe de funcionários.

Criar melhor acessibilidade para nossos títulos é uma preocupação chave para todos os nossos times de desenvolvimento ao redor do globo, como certificado por Améliane Chiasson, lider de acessibilidade da Square Enix West.

“O departamento de acessibilidade é uma novidade na Square Enix West e ainda estamos aprendendo e trabalhando para tornar os jogos mais acessíveis,” ela explica. “Por isso, estamos animados em estar envolvidos, próximo ao fim do desenvolvimento, e apoiando o time de Life is Strange: True Colors. Dito isso, estamos cientes que ainda há trabalho a ser feito. Esses aprendizados são muito importantes e vão nos ajudar em nossa missão de tornar as experiências que criamos mais inclusivas. Esta é nossa jornada, e somos muito gratos a nossa comunidade de jogadores, com deficiência ou não, que estão nos enviando feedback e comunicando entraves.”

Foi com a ajuda dos times da Améliane e da Crystal Dynamics User Research que os analistas foram recrutados para o trabalho.


Colhendo feedback mundial


Com funcionarios localizados em Los Angeles, Montreal, Londres, Paris e Hamburgo, e isso mencionando apenas alguns países, o time de Acessibilidade de Life is Strange: True Colors manteve contato com colaboradores que possuem discromatopsia, compartilhando builds de teste e recebendo importante feedback durante três sessões centrais em 2020. Oferecemos os nossos agradecimentos a esses analistas inesperados – e eles puderam jogar o jogo antes da hora!

Porém, nossas opções de acessibilidade não se resumiram aos filtros de cor. Como Life is Strange é uma franquia acessível por natureza, com gameplay guiado por exploração e conversação ao invés de requerir respostas rápidas do jogador, sempre buscamos aprimorar a acessibilidade de jogo a jogo. Por exemplo, sabemos que filtros de cor não são a única solução disponível ao abordar barreiras relacionadas à discromatopsia. No futuro, esperamos ser proativos logo no início do desenvolvimento de nossos jogos, para evitar encontrar essas barreiras.

Muitos aspectos do jogo podem ser ajustados, de legendas adaptáveis a diferentes tamanhos de texto e fontes, e a possibilidade de ajustar a velocidade com que você precisa fazer escolhas de diálogo.

Uma novidade em Life is Strange: True Colors são opções para pular gameplay que requer respostas habilidosas e avisos opcionais de aumentos repentinos de luminosidade e volume.


Criando acessibilidade para além do jogo


No Xbox One e Xbox Series X|S, a acessibilidade também se estende para além do que está codificado dentro do game por meio do brilhante Controle Adaptável Xbox, que oferece opções de acessibilidade de controle.

Trabalhando junto com o time de Xbox, exploramos ainda mais formas de trazer acessibilidade para o jogo. Dando sequência a nossa colaboração próxima em títulos anteriores de Life is Strange, ficou nítido que as opções são sempre maiores quando o jogador é colocado no centro da estratégia.

Ao conversar com Katy Jo Wright, diretora do Xbox Gaming for Everyone, ela compartilhou sua visão sobre as formas como desenvolvedoras como a Deck Nine Games podem ter impacto em tantos jogadores ávidos.

“Quando focamos intencionalmente em aqueles que não podem vivenciar a alegria de um jogo e nos esforçamos para solucionar esses entraves para eles, geralmente estamos involuntariamente abrindo as portas para que muitos outros possam aproveitar o game” ela explica. “Esse design inclusivo e acessível é um princípio central no Time Xbox, visto que queremos proporcionar experiências que todos possam jogar. É sempre inspirador ver times, como os desenvolvedores de Life is Strange: True Colors, irem além da conformidade para criarem experiências que podem ser aproveitadas por todos os jogadores.”

Também tivemos a sorte de colocar o jogo para teste pelo Microsoft Game Accessibility Testing Service (MGTAS) no fim do processo de desenvolvimento, a fim de ouvir feedbacks detalhados sobre todas as ferramentas de acessibilidade que incluimos e também receber direcionamentos para os próximos títulos do portfolio da Square Enix.

Anita Mortaloni, diretora de acessibilidade da Xbox, também falou sobre as incríveis possibilidades do programa e o que isso significa para tornar os jogos ainda mais acessíveis no futuro.

“Agora é tão fácil conseguir feedback de alta qualidade sobre acessibilidade de especialistas na área e jogadores com deficiências, tudo com o objetivo compartilhado de tornar os jogos mais acessíveis para nossas comunidades,” ela explica. “Queremos que todos saibam que nosso programa existe, assim como outros semelhantes a ele, e estamos muito felizes em ver mais e mais desenvolvedores usufruindo dessas inicitativas.”

Esperamos que Life is Strange: True Colors emocione e acolha você, seja quem for. Você já pode jogar Life is Strange: True Colors no Xbox One e Xbox Series X|S.

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