Pega Essa Dica – 211: O Grande Assalto
Nicolas Cage em mais um filme de ação policial é o tipo de filme tão ruim que acaba gerando uma nova admiração pela habilidade essencial que muitos filmes ruins conseguem exibir, especialmente com Cage, que possui um longo histórico nesse gênero.
Filmes de ação policial sempre têm seu charme, mas frequentemente apresentam desfechos repetitivos, com o policial como herói e os criminosos como vilões, sem oferecer muitas explicações sobre suas motivações.
Nicolas Cage interpreta o agente Mike Chandler, cuja rotina ao patrulhar com seu parceiro se transforma em um confronto violento com uma gangue de mercenários que está realizando um assalto a um banco.
Isso é praticamente tudo o que você precisa saber. O enredo é bastante superficial, limitando-se a uma simples história de assalto. Apesar da falta de profundidade, apreciei a breve introdução que apresenta a história dos ladrões no início do filme, o que adiciona um pouco de complexidade à trama, mas logo somos jogados em um tiroteio intenso.
“211”, dirigido por York Shackleton, é o tipo de filme de baixa qualidade que nos faz valorizar a competência básica que muitos filmes ruins conseguem ter. Até mesmo os créditos iniciais parecem questionáveis, já que afirmam que o filme é “baseado em um roteiro” do próprio diretor, uma afirmação que soa como uma crítica severa a si mesmo.
Essa falta de coerência e justificativas leva a uma percepção negativa sobre várias dessas produções, embora algumas consigam se destacar. Nesse contexto, “211: O Grande Assalto” tenta se afastar desse estigma, introduzindo inovações em certos aspectos, mas, em geral, ainda mantém a marca típica dos filmes policiais de ação. Muitos filmes desse gênero apresentam falhas no roteiro e na execução. O que realmente importa, muitas vezes, são os tiroteios e a destruição resultante de perseguições em alta velocidade, funcionando apenas como pano de fundo.
Senti que Cage não teve um papel relevante neste filme , pois claramente não é o protagonista. Todos os personagens parecem estar em um mesmo nível, enquanto Cage assume uma função coadjuvante em meio ao caos.
O que realmente me impressionou em “211” não foi a narrativa, mas sim as cenas de ação com muito tiroteio intenso e perseguição que ocupa grande parte do filme. A produção está repleta de ação, com cenas sangrentas, explosões e uma intensidade que a torna extremamente divertida de assistir.
Embora seja difícil ficar entediado do ponto de vista da ação, são os elementos secundários que realmente incomodam.
Distribuidora: Califórnia Filmes