Pega Essa Dica O Brutalista

O Brutalista longa dirigido por Brady Corbet, se passa em 1947, quando o arquiteto László Toth interpretado por Adrien Brody e sua esposa Erzsébet interpretada por Felicity Jones fogem da Europa destruída pela guerra buscando um novo começo nos Estados Unidos, chegando lá ele passa por algumas dificuldades mas logo encontra uma oportunidade que pode mudar sua vida para sempre, o senhor Harrison Van Buren um industrial muito rico o convida para projetar um grandioso monumento modernista em homenagem a sua mãe que moldará a paisagem do país, é um projeto muito ambicioso o maior de László até então, porém o caminho da realização dos seus sonhos passam por desafios e reviravoltas inesperadas, esse caminho vai trazer triunfos e tragédias.

O estilo brutalista vêm da arquitetura é foi a grande moda de 1950 a 1970, em teoria traz praticidade e funcionalidade, mas olhando é algo minimalista e frio, o que pode se refletir no personagem, o estilo do seu trabalho combina totalmente com László, ele constrói com concreto exposto e é isso que enxergamos nele, o filme levanta muitas questões como arte, indústria e identidade, olha tem muito tempo pra isso já que dura três horas e meia, o filme é divido em duas partes com direito a intervalo de 15 minutos.

O Brutalista é  filme bem expansivo, e diretor mostra muito bem a grandeza das obras, as cenas são lindas mas em alguns momentos ficam muito extensas, além da atuação impecável de Adrien Brody uma das melhores coisas deste filme é a trilha sonora, ela é excelente, surge em momentos perfeitos e se encaixa perfeitamente com os sentimos que a história propõe, trilha assinada por Daniel Blumberg.

O primeiro trabalho de László é uma biblioteca, é um presente ver o processo e mais ainda assistir essa obra de arte finalizada, a fotografia dessas cenas são muito lindas, fotografias dignas de exposições, imagens muito marcantes que depois do filme vão ser referências para o público, conseguimos sentir a textura da sua arte e a partir dali entendemos a beleza minimalista do arquiteto.

O roteirista Mona Fastvold e o diretor, trazem de uma maneira bem sutil e direta as ideias de capitalismo em contrapartida com a criação do László, como o sistema passa a mexer na arte e a reação e decisões tomadas pelo arquiteto reforçam que para ele seu trabalho vêm acima de tudo, inclusive do dinheiro.

László é um aquele artista que traz a arte como algo pesado, como esse dom é difícil de carregar, trazendo ele como um grande gênio torturado por sua mente.

Um problema do filme é a Erzsébet esposa de László, ela têm um arco muito interessante ela traz uma parte das consequências da guerra, mas o roteiro não dá essa importância para ela, a personagem demora para aparecer e quando aparece ela fica circulando em volta do genial e perturbado marido arquiteto, e isso se prova em uma cena onde ela acaba sendo prejudicada pelos vícios dele, outro detalhe que achei desnecessário, esse vício no personagem era dispensável, o cara já era bem perturbado sem as drogas é uma metáfora do risco ao seu vicio pela profissão, mas uma metáfora descartável.

O Brutalista é um filme grandioso na tela, mas que ao mesmo tempo traz o valor do minimalismo, muitos assuntos são trazidos pela trama, momentos históricos estão presentes, assistimos um novo estilo artístico ganhando relevância, o filme não chega a ser maçante porque a história é bem interessante mas você sente essas três horas, com o intervalo me parece que demorou mais ainda, porém é um excelente filme é uma obra de arte na tela, a história é muito boa, as atuações estão excelentes, o filme tem problemas sim, mas vale a experiência.