Pega Essa Dica – Lobisomem
Lobisomem é um dos primeiros lançamentos da Blumhouse desse inicio de ano. Blumhouse, que ultimamente não vem lançando bons filmes,e não esta agradando o publico.
Blumhouse ficou conhecida no começo com bons fimes… depois foi só ladeira.
Lobisomem é Ruim? Não.
É um bom filme de terror sobre lobisomem e ponto.
Ele não é um remake do filme de 1941 e nem de 2010.
E não existe um “Dark Universe”. Leigh, em uma entrevista, já deixou isso claro… e a Universal também.
Se você estiver na expectativa de ver um baita filme, só porque o filme tem a direção do mesmo diretor do maravilhoso de “O Homem Invisível”, sinto lhe informar que você vai cair do cavalo.
Após herdar a casa em sua cidade natal, Blake viaja com a seus familiares, deixando de lado sua vida na cidade e tentando aproximação de sua família. Porém, no meio do caminho, eles são atacados por uma criatura da floresta e Blake começa a ter comportamentos estranhos, ao mesmo tempo que são perseguidos.
O elenco do filme conta com nomes como Christopher Abbott, Julia Garner eMatilda Firth no elenco principal. Ambos entregam ótimos papéis, mas as vezes seus personagens são um pouco burros em algumas situações. O expectador se pergunta “por que?”… Porém essa questão não tira o mérito deles.
O Roteiro de Leigh Whannell e Corbett Tuck parece as vezes querer justificar sua existência, trazendo algo novo, mas o trauma e problemas familiares apresentados no início do filme são meio que largados de lado e para a narrativa não faz muita diferença. O filme se inicia com um terror meio psicológico que não aparece muito, avança para um drama familiar e termina em um terror.
A cena inicial é perfeita, pois você sabe que tem algo ali, porém você não sabe de onde vem. Os sons das árvores rangendo ao vento aliado ao jogo de câmera é uma combinação perfeita para perturbar. Isso prova como a direção de Leigh Whannell é única para os filmes de terror.
O filme tem menos de duas horas, o que faz sentido para uma história de uma transformação lenta de uma noite, mas o tempo é desperdiçado em uma abertura fria e conversas mal exploradas, o que torna difícil apreciar a gravidade das revelações do filme e temas finais.
Aqui temos uma mãe que deseja se tornar protetora, e o papel de Blake se torna bastante limitado a uma performance física (muito bem executada) enquanto ele lentamente parece perder a capacidade de proteger sua filha de si mesmo.
A fotografia de Stefan Duscio é muito boa, conseguindo criar uma atmosfera que funciona muito em filme de terror. Os cenários utilizados, como a floresta, são assustadores porque você não sabe o que esperar. Outros cenários como a casa e o carro foram muito adequados para transmitir a sensação de claustrofobia.
A paleta de cores e filtro deixam o longa com o ar sombrio e as vezes dramático.
A maquiagem aplicada e o pouco uso do CGI são fundamentais para a transformação da criatura. Próteses foram usadas para deixar ainda mais realista. Não temos aqui um lobisomem igual de 2010 ou de qualquer outro filme. Aqui temos um homem com uma doença que é citado no inicio do filme em estado de decomposição limitado a uma performance física muito bem executada.
O som, em especial, cumpre bem o seu papel. Em alguns momentos parece que o jumpscare vem e não vem, e isso causa uma tensão em quem esta assistindo, pois não sabemos de onde vem o susto. A construção da tensão aqui é graças a belos ângulos, iluminação e som.
Leigh Whannell administrou perfeitamente a tensão o tempo todo, mesmo sacrificando seus próprios sustos e sangue por um tema frágil. Não é seu pior filme, porém esse vai ser aquele filme de começo de ano que vai ser esquecido rapidamente.