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Pega Essa Dica – Caindo na Real

“Caindo na Real”, comédia com Evelyn Castro e Belo, é ruim e cafona

Com roteiro de Bia Crespo e direção de André Pellenz, o filme apresenta uma trama inusitada: Tina, que trabalha em uma lanchonete e namora um motoboy (interpretado por Belo), recebe a notícia de que é parte da última linhagem de rainhas no Brasil. Ela deixa seu emprego na lanchonete e se torna rainha, com o comando de uma nação em suas mãos.

O filme é uma comédia romântica que traz Evelyn Castro (“Tô de Graça”) como protagonista. Em 2024, Evelyn fez muitos papéis secundários no cinema, como em Evidências do Amor, Tô de Graça – O Filme, Uma Babá Gloriosa e Vidente por Acidente. Praticamente todas as comédias nacionais recentes contaram com sua participação. Sempre com papéis divertidos, em Caindo na Real não é diferente. No entanto, o roteiro do filme não ajuda, insistindo em inserir piadas a todo momento, como se fosse necessário lembrar que o filme é uma comédia e que Evelyn é comediante. Talvez pelo fato de o público estar acostumado a vê-la em pequenas participações, agora, com mais tempo de tela, isso possa cansar e desagradar.

Já o cantor e agora ator Belo entrega uma performance fraca e forçada, digna de esquetes do Zorra Total. Ele não tem uma grande participação, mas, quando aparece, é um desastre. Suas cenas são recheadas de piadas forçadas e, claro, ele sempre encontra uma desculpa para cantar — afinal, é o Belo e ele tem que cantar, não é?

Os outros atores seguem a mesma linha, com papéis sem grande relevância para a trama. Há um personagem que parece ser um fantasma ou uma espécie de X-Men que se teletransporta sem qualquer explicação, acompanhado de efeitos especiais cafonas.

O filme tenta ser uma mistura de Lua de Cristal com algum outro filme, mas sem sucesso. Seu roteiro é fraco, desconexo, dando a impressão de que foi feito às pressas. Tenta ser engraçado, mas falha ao forçar piadas sem graça. Sabe aquela pessoa que conta uma piada e ri dela mesma? É assim com alguns personagens.

Com piadas fracas e insistindo em mencionar algo sobre a vida e o passado de Belo, o filme entrega um dos piores roteiros de comédia de 2024. O cenário vazio e pouco convincente dá ao filme um ar amador, como se a produção não tivesse estudado bem as locações, entregando algo muito fraco, parecendo até um cenário teatral de baixo orçamento.

Com estreia prevista para 24 de outubro, Caindo na Real é uma produção da Elo Studios, em parceria com a Tim, Telecine, Funcine e BNDES. O filme parece longo pela sua chatice, ao ponto de você não ver a hora de acabar.

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