Pega Essa Dica – Aquela Sensação de que o tempo de fazer algo passou
Aquela Sensação de que o Tempo de Fazer Algo Passou, conta sobre o dia a dia de Ann, uma mulher de 33 anos que se sente frustrada em todas as áreas da vida. Pra ela o tempo está passando muito rápido e ela não conquistou nada, nos relacionamentos amorosos ela é submissa, tem um emprego que ela não se sente relevante e uma família um pouco complicada, com tudo isso Ann fica cada vez mais isolada em seu próprio mundo.
Esse filme é aquele tipo de obra feito para refletirmos e até mesmo nos questionarmos como estamos vivendo nossas vidas, mas também como enxergamos o mundo, o filme é dirigido e protagonizado por Joanna Arnow que faz um trabalho excelente em ambas as funções.
O filme já começa nos mostrando um relacionamento dela com um homem mais velho que não liga muito pra ela, mas é confortável ter ela ali por perto, nessa primeira cena a personagem fala bastante o que não é comum na maior parte do filme porque ela não se dá ao trabalho de manter um dialogo com a maior parte das pessoas em sua vida, conforme o filme vai passando entendemos que isso acontece pela frustração em sua vida, mas ela não faz nada para mudar isso, a famosa zona de conforto desconfortável.
Conhecemos também alguns amigos dela que em alguns momentos tentam incentivar ela a conhecer novas pessoas e viver coisas novas mas é algo bem rápido, sua irmã que acabou de se separar e vai para o apartamento dela com várias questões e questionamentos de uma mulher que teve um casamento e filhos que a Ann olha e não entende muito bem aquilo e nesse momento existe até um tipo de comparação, porque ela fala que acredita que os pais dela não gostam tanto dos netos porque não cobram isso dela, então a irmã responde que eles apenas desistiram, como se nessa fase que ela está na vida não pudesse fazer mais nada, ela de fato acredita nisso, os pais delas são dois idosos muito fofos que apenas querem um pouco de atenção e no momento que ela está não consegue oferecer isso e muitas vezes se sentindo cobrada.
O ritmo do filme faz com que a gente se sinta entediado junto com a personagem, mas é completamente proposital pra conseguirmos entender porque ela se submete a relações tão vazias para tentar encontrar o mínimo de emoção porém nunca encontra, e quando achamos que ela vai mudar algo por se impor ou se abrir de alguma forma ela simplesmente volta pra onde estava, o titulo do filme é perfeito porque é justamente esse conceito que mora na cabeça da personagem e foi feito de uma forma muito inteligente.