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Pega Essa Dica – 70.000 Tons of Metal, o maior cruzeiro de Metal do Mundo!

E aí pessoal, Pega Essa Novidade! A matéria de hoje é mais do que especial, pois fomos para a cidade de Miami, nos EUA, para embarcar no 70.000 Tons of Metal, o maior cruzeiro de Metal do mundo! Uma experiência absolutamente incrível em que, a bordo de um luxuoso navio Royal Caribean, atravessamos as águas caribenhas até a cidade de Ocho Rios, na Jamaica, curtindo nada menos do que 60 bandas dos mais variados gêneros do nosso estilo musical favorito, em 4 dias intensos e fantásticos! Se interessou? Então embarque com a gente nesse gigante dos oceanos que temos muuuuito para contar!

A festa começa muito antes….

Depois de um ano de muita ansiedade e preparativos, desembarcamos na cidade de Miami Beach para curtir 3 dias antes da saída do navio. A cidade, localizada no estado da Flórida, é um destino vibrante conhecido por suas praias deslumbrantes, clima tropical e uma rica mistura cultural. Mas, já dizia o Poison que toda rosa tem seus espinhos, e com Miami não é diferente: ela é conhecida pelos seus altos preços, então já fica o alerta!

Logo no primeiro dia, foi muito divertido ver centenas de pessoas de preto usando roupas com logotipos irreconhecíveis destoando do clima caribenho do local. Metalheads do mundo invadem a região e vão pra lá e pra cá, conhecendo os bares, o comércio e as praias da região. Os veteranos gostam muito de frequentar o Clevelander, um hotel em que há um bar com karaokê no térreo e uma boa bagunça e o Kill Your Idol, um pub outrora desconhecido mas que tem caído na graça do povinho do mal. Nós, como bons brasileiros, não queríamos perder um segundo e logo no primeiro dia já saímos explorando a região para fazer o reconhecimento da área. No dia seguinte, pegamos uma maravilhosa praia pela manhã, com areia fofa e água mega cristalina e depois dessa dificílima tarefa fomos para Miami Downtown, a parte mais urbana da região. Ali, o luxo era o padrão, e minha vista acostumada com Fiat Uno com escada em cima quase não entendia como pode existir tanta Ferrari e Lamborghini no mundo.

No dia seguinte, já véspera do cruzeiro, o primeiro evento exótico que já nos preparou pelo que vinha pela frente: uma aula de yoga metal especial feito para os passageiros do navio! É isso, mesmo, sob o sol tropical de inúmeros graus e com roupas mais escuras que a noite, encaramos uma aula de quase uma hora e meia em que alongamos, torcemos e suamos (muito) com teclados épicos, gritos na última oitava e blast beats insanos para combinar com o calor do meio dia. Foi uma experiência bastante diferente, mas se você quiser participar é essencial que se hidrate o tempo todo (felizmente eles fornecem águinha gelada) e que saiba seu limite para não passar mal.

Logo depois da Yoga, parte da horda se dispersa e outra continua na praia, pois, às 16h, começa a Beach Party, uma festa gratuita na praia em que os futuros hóspedes do navio se reúnem para confraternizar, beber, gritar e reencontrar velhas amizades! Como foi a nossa primeira vez, foi muito legal conhecer nossos amigos brasileiros. É impressionante como você conhece as pessoas no dia e já parece que faz anos que você frequenta o rolê, de tão receptivos que todos são. Às 18h, segue-se a foto oficial do evento e, após isso, as pessoas pouco a pouco vão tomando seu rumo.

À noite, já é quase um padrão o encontro no já citado Clevelander, embora existam outros lugares para ir como mencionei. Como era nossa primeira vez, decidimos fazer o roteirinho padrão e lá fomos nós ver como era frequentar esse ponto. Apesar de ser muito legal que haja uma reunião do pessoal lá, achamos superfaturado pagar 20 dólares para estar em um bar a céu aberto cuja música dá pra ouvir tranquilamente se você estiver do lado de fora. Em outras épocas, já foi gratuito para curtir no ambiente, mas eles perceberam que cobrar seria uma boa e pelo jeito funcionou. Como eu já havia gastado essa grana, achei que valeria a pena ter meu momento de estrela (ou de mico colossal) e subi no palco para cantar uma “Run to the Hills” com o Live Karaoke (quando uma banda real performa uma música e a pessoa canta, muito mais divertido que playback). Como a plateia tinha nenhum tomate em mãos, eu sobrevivi.

O dia do embarque…

O despertador não foi necessário, e pulamos da cama muito antes de ele cogitar tocar. Na rua, pegamos um Lyft (se estiverem nos EUA, esse app vale mais e pena do que o Uber) e fomos em direção ao porto de Miami, e da janela do carro já foi possível vislumbrar, de longe, o titã metálico repousando sob o sol nas calmas águas da baía da cidade, talvez descansando para os 4 dias de insanidade que viriam pela frente. Já no porto, depois de uma filinha e alguns procedimentos que não valem seu tempo de leitura, entramos no corredor que nos deu acesso ao maravilhoso navio Independence of the Seas. Ao chegar, você não pode ter vergonha, porque o pessoal do navio vai te receber já com o ânimo lá em cima, é a maior festa logo no começo. Aquela gritaria que a gente gosta, talvez já preparando seus tímpanos para o que viria.

Antes do navio desembarcar, nós fomos passear pelos decks. Uma dica importante é levar uma malinha de mão com roupa de piscina e outros acessórios úteis, porque pode demorar algumas horas para despacharem sua bagagem grande para a cabine. Nessas primeiras horas, passeamos pelo Deck 5 que é uma região de convívio do navio, com bar, café, doceria, pizza, venda de merchandising e outras seções. Sentamos em uma cadeirinha na cafeteria e tomamos um delicioso café com lanche e bolo já para se habituar ao clima do ambiente. O mais interessante é que o navio toca o som que a gente gosta em todos os ambientes! Não importa onde se você estiver tomando um café da manhã ou relaxando no ofurô, você sempre estará acompanhado de uma guitarra duelada de fundo, um gutural intenso ou aquele agudo de estourar os vidros.

Nossa cabine era bastante confortável, pois pegamos a suíte com vista para o Promenade (que é o corredor do Deck 5 mencionado acima), com uma cama de casal bem confortável e um sofázinho. Existem outros tipos de cabines, sendo as mais baratas as que são sem janela e compartilhadas entre 4 pessoas e as mais luxuosas aquelas que possuem varanda e uma área interna maior. Mas, não se preocupe, se você quiser curtir tudo o que navio tem a oferecer, pouco você ficará na sua cabine. A gente só voltava pra morrer um pouco na cama e acordar desesperado no dia seguinte para ir ver algum show no deck da piscina!

Além disso, o navio possui vários outros ambientes, como o teatro, o bar principal e a pista de patinação (esses 3 transformados em palcos para os shows), o buffet 24h, bares, além da do deck da piscina, o cassino, arcade, espaço kids, Karaokê, academia, spa e restaurantes especiais.

E eis que o navio desembarca e começam os shows!

Os primeiros shows foram das bandas Onslaught e Beyond Creation, começando os trabalhos com aquela brutalidade sonora que a gente gosta! O palco da piscina só seria aberto no dia seguinte, então os shows ocorreram somente nos palcos internos. Logo depois, Twilight Force, Hammerfall, Krisiun, Septicflesh, Emperor, Kissin´Dynamite, Candlemass e muitas outras fizeram a alegria do povo em uma noite que se estendeu com shows até as 6h da manhã do dia seguinte.

A experiência é muito boa, pois você corre de um palco para o outro para ver os shows e pode experenciar os mesmos da pista (que deixa você bem perto da banda) ou sentado nas poltronas. Todos os 3 ambientes internos ofereciam essas possibilidades. A diversidade de estilos também me agrada bastante, pois você pode se acabar em uma roda de thrash, receber uma descarga monstruosa de decibéis ao curtir um show de black ou death metal e depois experenciar um sinfônico ou melódico mais suave para cantar a plenos pulmões, para depois finalizar a noite com aquele doomzão mais contemplativo. É perfeito e tem metal pra todo mundo! Depois de fazer exatamente essa sugestão que dei, fomos à nossa cabine para desmaiar um pouquinho.

O segundo dia…

Este foi um dia intenso, não só pelos shows mas também por conta das entrevistas! Sim, nós conseguimos entrevistar 6 grandes bandas que estavam no navio: Kissin´Dynamite, Sonata Arctica, Hammerfall, Seven Kingdoms, Striker e Twilight Force.

Apesar da loucura, deu tudo certo e conseguimos curtir vários shows, a começar pelos malucos do Trollfest que, vestidos de Flamingo, estrearam o Pool Deck (o palco da piscina) com uma festa que misturava metal, rodas de conga, uns doidos fantasiados de Pikachu e outras bizarrices. O deck da piscina é o melhor que tem, você pode aproveitar os shows de pé, nos corredores externos ou até mesmo nos hot thubs (ofurôs). É uma experiência bastante única!

Esse dia contou com outros grandes nomes, como In Extremo, Majestica, The Kovenant, UDO, Stratovarius, Isahn, Tankard, Unleash the Archers e Fintroll, entre outras. É também o dia de 100% navegação, então é um dos que mais tem shows (das 10h da manhã até as 6h do dia seguinte). É a oportunidade perfeita para você curtir os shows e conhecer o navio, dar um pulo na piscina, se acabar de comer no buffet 24h e tentar a sorte no cassino.

No final do dia há sempre o jantar fino, que ocorre das 18h às 21h e você pode chegar sem marcar, contanto que seja dentro desse horário. Ali, um garçom te levará até sua mesa, podendo ser sozinho ou com outras pessoas (uma boa hora para fazer amizades) e você terá um jantar chique em 3 fases: entrada, prato principal e sobremesa. Nos 4 dias tudo o que comemos foi de excelente qualidade e você sempre podia escolher 3 opções de cada fase da janta: tinha filé mignon, lasanha, salmão e até scargot (que eu não peguei porque achei nojento).

Um destaque desse dia foi o Swallow the Sun, uma conhecida banda de doom-death metal que fez uma belíssima apresentação com a Ballet Finland. Isso mesmo, a banda apresentou Plague of Butterflies, uma peça que combina a dramaticidade e a emoção do ballet com a atmosfera intensa e profunda que o doom metal oferece. Foi muito interessante ver como duas formas de arte aparentemente distintas se completaram em algo único e inovador. Mais legal ainda foi saber que tivemos o privilégio de sermos os primeiros no mundo a assistir a obra, pois até então eles nunca haviam feito esse show.

Para fechar o dia, assistimos ao maravilhoso show do Unleash the Archers no Pool deck, em um cenário surreal em que a a escuridão do céu noturno combinada com a infinita vastidão do horizonte oceânico foram confrontados pelo gigante iluminado que rumava em direção ao seu destino. A sensação de ver um show na madrugada escura no meio do mar é muito única, parece que você está em um mundo paralelo, completamente descolado da realidade.

Para quem ainda tinha um pouco de energia, ainda dava pra fechar o dia com Samael, Abysmal Dawn e outras bandas que continuaram com a destruição. E assim terminou nosso segundo dia.

O terceiro dia e a Jamaica…

Depois do dia anterior inteiro de shows e com os ouvidos implorando por misericórdia, chegou o dia de dar um passeio na Jamaica. O navio atracou cedinho e assim que você toma aquele café da manhã bem servido, pode ficar à vontade para conhecer Ocho Rios, a simpática cidade costeira com lindas praias e um calor de rachar. Nesse dia, só há shows a partir das 17h, então não se preocupe em perder nada enquanto conhece o pequeno país latino.

Apesar de o lugar ser lindo, fica o alerta, os turistas lá são sangue para tubarão. Assim que você descer do navio, dezenas de pessoas lhe assediarão para comprar bugigangas, contratar passeios, receber carona etc. Simplesmente ignore, é sério, porque se você der atenção, dificilmente irão te largar. É também muito comum alguns golpes nos desavisados: podem lhe cobrar para entrar em uma praia (o que não faz sentido pois o lugar não é privado), vender coisas superfaturadas ou oferecer um drink “gratuito” para depois cobrar uma contribuição “para a igreja” (?!)

No nosso caso, queriam cobrar 10 dólares por pessoa para acessarmos a praia principal! Ou pagaríamos isso ou teríamos de consumir esse valor por pessoa no bar ou na lojinha para seguir rumo às areias. O grande truque é que para acessar a praia tem um deck enorme com bar e loja, e é muito difícil chegar na areia sem atravessar esses ambientes (você pode atravessar um pedacinho cheio de pedras, é possível, mas só para quem sabe nadar bem). Para fugirmos dessa taxação sacana, combinamos de comprar algo na lojinha e quando a moça virou para atender outro coitado, disparamos em direção à praia. 20 dólares economizados! Ah, e lá na praia vão também querer te cobrar para usar as cadeirinhas, espreguiçadeiras, esse tipo de coisa… então evite ao máximo o contato com os residentes que se mostrarem muito solícitos.

Apesar disso, a praia é linda e vale muito a pena. Você pode ver alguns integrantes das bandas curtindo o rolezinho por ali, pode conhecer uma vilinha praiana super charmosa e tirar umas belas fotos com o navio ao fundo. No geral, gostamos da experiência.

Vale lembrar que o 70K oferece alguns passeios especiais que você pode contratar previamente, em que os fãs fazem algo junto com integrantes de bandas selecionadas. Houve tirolesa com passeio no rio e almoço com o Stratovarius, mergulho com o Kalmah, Delain e Majestica e até mesmo nado com golfinhos junto com os veteranos do In Extremo.

Ao voltar para o navio, a sensação de sair do calor escaldante e receber aquele ar condicionado gélido é indescritível. Você revive! E isso é bom, porque, assim que ele recolhe as âncoras, temos mais uma noite de shows para esgotar as energias até o final. O terceiro dia tem muita banda interessante para acompanhar, e pudemos curtir Subway to Sally, Symphony X, Delain, Incantation, Striker, Trouble e Benighted, entre outras.

E assim fechamos mais um dia, rumo à Miami e na expectativa do último dia de shows.

O quarto e último dia

O último dia é especial e cheio de eventos diferenciados. Os shows já abrem com Floatsam and Jetsam no Pool Deck resgatando clássicos do seu setlist especial para o navio e mostrando que as pessoas ainda têm energia de sobra mesmo no último dia. Ainda pela manhã, Septicflesh, Crownshift e Thy Antichrist entregaram ótimas performances.

Aproximadamente ao meio dia acontece o grande evento do dia! O Belly Flop Contest (ou Concurso de Barrigadas) é uma show à parte. Fantasiados ou não, corajosos desafiantes do mundo todo encaram o impacto de suas barriguinhas na piscina principal do navio. Com uma multidão enlouquecida lotando esse deck de todos os lados, e sob o juri de participantes de algumas bandas do navio, os competidores deram um show de elegância e brutalidade ou se estatelarem com força nas águas outrora pacíficas. Destaque para a sereia que pulou com seu cachorrinho, que coisa linda!

Logo depois do concurso, pudemos ver o Kyssin´n Dynamite quase afundando o navio com tanta empolgação em um show poderosíssimo e um dos mais altos em termos de volume. Foi uma bomba! O mais legal desse último dia é que as pessoas tiram suas fantasias da mochila e vimos dragões, pokemóns, personagens de filme, covers de artistas e todo tipo de maluco andando pelos decks.

A tarde seguiu com bandas para todos os gostos. Os fãs puderam correr de um palco para outro para curtir os shows do UDO, Suffocation, Candlemass, Hammerfall, Total Death ou ainda dar um pulo no Royal Theater para ver a All Star Jam, um evento exclusivo do 70K Tons em que integrantes de grandes bandas se juntam para tocar clássicos do metal. Esse show é bem legal e conta com apresentações bastante inesperadas, como a sensacional performance do Ihsahn (Emperor) tocando Wrathchild, do Iron Maiden.

Com o sol se pondo, outras grandes apresentações tomam conta do navio, como o aguardado show de despedida do Sepultura no Pool Deck, que trouxe gente do navio todo para essa área. Com um força impressionante, a banda performou grandes clássicos e fez o povo ficar absolutamente alucinado neste que era um dos últimos shows do navio. Após essa porrada, houve o tradicional agradecimento dos criadores e staff do evento e o anúncio do 70.000 Tons of Metal 2026, que fará sua parada no Haiti.

Vale destacar que o último show deste incrível festival dos mares foi também muito especial. A banda Majestica, liderada pelo mítico vocalista Tommy Johansson, fez a apresentação de lançamento do álbum Power Train. Com toda a potência de um power metal de qualidade, a faixa título desse álbum fala sobre um transporte de metal que cruza o espaço e o tempo em uma jornada épica e poderosa, com seus passageiros envolvidos nessa magia alucinante. Tudo a ver com o ambiente, certo?

E a última música a ser performada no navio foi Metal United, faixa icônica da banda, celebrando a comunidade global de fãs de metal. A letra exalta a união e a força dos metalheads, independentemente de suas origens ou diferenças. Chave de ouro, sem dúvida!

Após isso, para quem tivesse ainda alguma gasolina no motor, o Karaokê se estendeu até as 6h da manhã, mas nós já não sabíamos nem nossos nomes depois desses 4 dias insanos e resolvemos cair de cara nos travesseiros.

O desembarque

Infelizmente nada é para sempre e, no quinto dia, tivemos que abandonar nosso querido gigante de ferro. A sensação não podia ser outra, ao tomarmos o café da manhã e visualizarmos o porto de Miami, com todo mundo indo embora naquele clima de fim de festa, só conseguíamos pensar em uma coisa: vai demorar muito pro próximo?

O desembarque é tranquilo e logo você sai do navio. Tudo muito bem organizado, sem longas esperas, nem filas enormes. Sair é muito mais fácil que entrar. Um último dia em Miami para arrebentar aquele hambúrguer do Five Guys (o melhor que já comemos) e capotar no assento da nossa classe econômica, de volta à dura realidade, em um mundo onde nem todas as pessoas estão de preto e a maioria delas ouve músicas normais, que pena…

Mas e aí, vale a pena?

Se você chegou até aqui, provavelmente já sabe a nossa opinião. Se você gosta de metal, shows, conforto e conhecer gente nova que compartilha dos mesmos gostos, não tem nem dúvida, é um dos melhores rolês que já fizemos na vida! Quando eu conheci alguns veteranos, eu me espantei de saber que havia pessoas que foram 10 vezes, mas agora que eu fui faz todo sentido. É uma experiência surreal, em que você vê vários shows com uma ótima vista, come bem, passeia, vai na piscina e depois de tudo isso ainda pode relaxar na sua cabine, com cama arrumada e chuveiro quente. É surreal!

Diferente de outros shows e festivais, você estará confortável o tempo todo. Nada de perrengue, sujeira, barro ou outras adversidades. Aqui, realmente a pegada é outra. Vale lembrar que muitas pessoas comparam o 70K tons com outros festivais (Wacken, Hellfest) e sim, o navio é obviamente mais caro. No entanto, nossa ideia é que você compare o cruzeiro com outras viagens e não com outros festivais. Ou seja, ao pensarmos no evento, eu preferia comparar com uma Eurotrip ou com uma viagem para a Disney. Como eu prefiro ver o Hammerfall do que o Pateta, então, minha escolha está bem clara. Além disso, podemos considerar que os dias anteriores ao embarque são bem divertidos e você deve considerá-los parte da experiência.

Outro ponto muito importante a se considerar é que no navio você estará em contato com as bandas o tempo todo, o que não acontece em outros festivais. Você pode tomar café da manhã com seus ídolos na mesa ao lado, encontrar os músicos no elevador, encontrá-los pelo deck e até mesmo assistir a um show junto com eles. Não raro, encontrávamos membros de bandas grandes prestigiando os shows de grupos menores, como foi ao vermos o pessoal do Hammerfall prestigiando o Powerglove.

E já que estamos falando sobre valores, quanto será que você precisa economizar durante o ano? As cabines custam, com as taxas, a partir de 1600 dólares por pessoa pelos 4 dias de navio, mas elas acabam muito rápido por conta de eles abrirem primeiro a venda aos que já foram em edições anteriores. Uma dica é procurar algum veterano nos fóruns do evento pra rachar uma cabine e conseguir essa tarifa.

Do contrário, pense em pagar algo em torno de 2000 dólares por pessoa, mas lembre-se que esse valor já considera a hospedagem, o buffet 24 horas, o jantar fino, bebidas não-alcóolicas como água, sucos, limonada, chá gelado, café e leite, contando com os shows de 60 bandas que tocam 2 vezes cada e todas as atrações do navio, além da parada na cidade de destino.

Lá dentro, não há pacotes de bebidas alcóolicas, e eles vendem o latão da cerveja australiana Foster (600 ml) por 10 dólares. Uma alternativa “mais em conta” é pegar a jarra de 2 litros no cassino por 20 dólares. Se quiser usar internet em alto mar, só pega a internet deles que é por satélite, então você pode pagar o pacote diário de 29 dólares ou 115 dólares pelos 4 dias. Ah, e importante: o navio sai todo ano de Miami e vai para algum país da América Central, então é essencial que você tenha o visto americano, sem ele você não embarca.

Então é isso, nossa conclusão final é de uma mega recomendação a esse passeio e, se você quiser embarcar conosco no ano que vem, saiba que será muito bem vindo! Estaremos sempre à disposição para dar dicas no nosso Instagram @geloweentrip e responder as principais dúvidas dos futuros passageiros! E, se você estiver no navio em 2026 por nossa recomendação ficaremos muito felizes em saber isso, então não tenha vergonha de nos dar um salve quando estiver a bordo!

See you in hell my friends!

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