PEGA ESSA CRÍTICA – Thor: Amor, Trovão e Muitas Trapalhadas
“Thor: Amor e Trovão” estreou nos cinemas brasileiros a algumas semanas, e eu confesso que precisei assistir ao filme 2 vezes pra entender de fato quais sentimentos eu tive depois de ver a 4ª aventura do Deus do Trovão. E, olha, depois dessa experiência em dose dupla tenho que confessar: O filme é tudo isso (de ruim) que o povo tá dizendo mesmo.
Mas vamos lá tentar organizar essa crítica baseada em fatos!
Um dos (únicos) pontos positivos do filme é seu visual. A armadura do Thor está belíssima, com detalhes azuis e dourados. Ouso dizer que é a armadura mais bonita que o personagem já usou no MCU. E a armadura da Poderosa Thor está extremamente fiel aos quadrinhos! Vi muita gente reclamando do CGI do capacete, mas eu adorei!
Fora que as locações desse filme estão impecáveis! Eles conseguiram reproduzir de forma grandiosa o “lar dos deuses” (onde conhecemos Zeus e outros deuses de diferentes religiões), e também o “lar de Gorr”, grande antagonista do filme. E, pra mim, esse é o ponto alto do filme! E acaba por aqui…
A Poderosa Thor deveria ser a grande protagonista desse filme. Ela até é em alguns momentos, mas o roteiro deixa muito evidente que ela não passa de uma “parceira” do “verdadeiro” Thor. E, pra mim, isso acabou com o filme. Nos quadrinhos, toda a trama da Poderosa Thor gira em torno da luta de Jane Foster contra o câncer, enquanto ela tem que provar pra Odin e pra todo o Universo que, de fato, ela é digna de portar o Martelo de Thor. Mas, no filme, esse debate não existe, e a luta dela contra o câncer fica totalmente em segundo plano. Em alguns momentos o drama da personagem toma a frente do roteiro, mas ainda assim fica aquém do protagonismo que a personagem merecia ter.
O roteiro do filme peca no excesso das piadas. Você certamente ouviu isso mais de uma vez. E eu concordo. Não que as piadas sejam ruins, pois o ator Chris Hemsworth (que vive o Thor) tem um timing perfeito pra piadas. Mas é que a cada 3 minutos a gente vê um diálogo sendo finalizado com alguma piada, e isso chega a incomodar durante as mais de 2h de filme. E muitos momentos que precisam de uma dose mais dramática são ofuscados por piadas.
E, por fim, a trama do filme é extremamente rasa e não aprofunda NENHUM personagem. Nenhum mesmo! Personagens como a Valquíria, por exemplo, são colocados totalmente em segundo plano e não são desenvolvidos em nada! Do jeito que começam o filme, terminam o filme.
Eu particularmente fiquei extremamente decepcionado com esse filme. Quem me conhece sabe que eu já não era fã do Thor piadista (totalmente diferente do Thor dos quadrinhos), mas eu até gostei de Thor: Ragnarok. Agora, Amor e Trovão me deixou com um gosto amargo na boca, mesmo depois de ter dado uma nova chance e ter visto mais de uma vez o filme nos cinemas.
Mas, pra quem só quer ver um filme num sábado a tarde sem compromisso e sem expectativas, Thor: Amor e Trovão poderá saciar sua vontade, entregando piadas a todo momento, cenários e visual magnífico, e uma trama rasa, perfeita pra ser acompanhada naquele momento que só queremos rir num sábado a tarde, sem se preocupar com a trama geral do filme.