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PEGA ESSA CRÍTICA: TEMPOS DE BARBÁRIE – ATO 1: TERAPIA DE VINGANÇA (2023)

Distribuído pela Paris Filmes, o novo drama nacional intitulado de Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança chega aos cinemas hoje (17) trazendo consigo uma ampla visão do mundo real se tratando da violência. E apesar de cometer deslizes em sua jornada sem autoconsciência, se sustenta bem.

Carla é uma advogada e mãe que vê a filha ser baleada numa tentativa de assalto. A menina fica em estado grave no hospital, e Carla busca ajuda nos grupos de apoio até que decide fazer justiça com as próprias mãos num ato de vingança.No balanço entre a vida e a morte, ela testa os seus próprios limites. Até onde é capaz de ir?

Com uma direção que prende devido ao clímax intenso, Marcos Bernstein exibe ideias demais num conjunto que não faz bom proveito de todas com as saídas que a própria trama encontra. O enredo não se aprofunda tanto em dilemas que trabalha, mas entrega uma narrativa de boas reviravoltas bem surpreendentes.

Cláudia Abreu dá o nome e se mostra grandiosa em frente às câmeras, seja na dramaticidade ou ação, a atriz se encontra e sensibiliza o público pela jornada forte da protagonista. Ainda assim, há um distanciamento causado por atitudes rasas da personagem em comparação ao seu objetivo principal.

E Júlia Lemmertz em contrapartida é o que une tão bem essa liga emocional quebrada entre a protagonista e o seu espectador, ela é realmente ótima. No elenco ainda temos Alexandre Borges, Kikito Junqueira, Adriano Garib, Pierra Santos, Roberto Frota, Claudia Di Moura, e Giovanna Lima que são bons.

A fotografia é boa ao fazer uso de um filtro que retira qualquer identidade, mas se aproxima do realismo exigido pela proposta, enriquece a estética tão violenta. A montagem por outro lado mais dificulta a experiência do que colabora, a edição é bem quebrada e desestabiliza o ritmo da produção.

O trabalho de efeitos é bem feito, simples, mas eficaz no que se compromete a entregar. A ambientação poderia ser melhor explorada, o melhor cenário só recebe destaque mais ao fim da obra sendo ele o que melhor captura a proposta do filme. E a trilha sonora é ok, apenas cumpre seu papel.

Sendo assim, Tempos de Barbárie – Ato 1: Terapia de Vingança debate o seu principal tema numa linha tênue! Se os acertos se sobressaem por pouco aos problemas que o longa carrega, muito se deve ao empenho fenomenal de sua estrela principal que ascende o senso de justiça no público. Assistam e tirem suas próprias conclusões.

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