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PEGA ESSA CRÍTICA: OPPENHEIMER (2023)

Se antes a aposta de estreia do novo filme de Nolan no mesmo dia que um dos mais esperados da concorrência era uma confiança do estúdio, agora após a cabine, vejo como benefício. Afinal, a grande promessa para Oppenheimer como um grande filme só acaba concretizando pela duração de 3 horas, o mais fraco do Diretor que eu tenha visto até aqui.

A história do cientista e físico estadunidense J. Robert Oppenheimer, chefe de guerra no Laboratório Nacional de Los Alamos, no estado americano do Novo México, onde coordenou a equipe que criou a primeira bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial, capaz de mudar o curso da  humanidade naquele momento.

O Diretor Christopher Nolan exerce um bom trabalho de pesquisa e não aciona o automático pra conduzir, e ainda que isso seja evidente, não garante uma imersão. Baseado o livro biográfico de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o enredo não instiga pela escolha narrativa que tem e o ritmo tampouco ajuda nisso.

Cillian Murphy assume o seu papel muito bem, a caracterização é ótima junto ao trabalho impecável por parte da maquiagem, faz o melhor com o texto expositivo de seu personagem. E Robert Downey Jr. brilha num desempenho foda e de muito destaque, ele atinge o tom exato que seu personagem dúbio pede.

O elenco também traz nomes como Emily Blunt que não é desperdiçada e entrega uma performance marcante no ato três, além de Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Matt Damon, Rami Malek, Gustaf Skarsgård, e Kenneth Branagh cujo os papeis são bem propostos e todos se saem muito bem, sem erros.

O Imax não se prova necessário, apesar das grandes proporções, o longa pede mais uma potência sonora maior do que uma tela enorme. O trabalho de mixagem de som e composições é impecável, cada trilha entra em cena pra impactar com emoção, potência e poder, é graças a isso que não se consegue dormir…

A fotografia é boa, há uma direção de arte comprometida em oferecer conceito através da própria jornada, apesar da montagem ser um pouco excêntrica, se mantém uma ordem de fatos linear. A tentativa de engrandecer o J. Robert Oppenheimer cai por terra, não se dá pra glorificar o criador da bomba atômica.

Portanto, Oppenheimer é investimento de cinema, mas não funcionou pra mim! Destaco as atuações, trabalho de som e maquiagem como pontos fortes, mas não há mais nada, sinto que só marcará a indústria como o filme que perdeu para um live-action de boneca. Assistam e tirem suas próprias conclusões.

Nota…

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