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Pega Essa Crítica – “O Pequeno Corpo”

Primeiro longa da diretora Laura Samani, e que rendeu à ela o prêmio David di Donatello de cineasta estreante, este que é o mais importante prêmio cinematográfico da Itália. “O Pequeno Corpo”, filme italiano de 2021 que finalmente ganhou sua estreia oficial em território brasileiro em novembro. Apresenta como trama central um relato sobre fanatismo religioso e maternidade.

O PEQUENO CORPO - Filme | CinePOP

Agata (Celeste Cescutti) dá luz a um natimorto e é informada pelo padre da região em que morava, que segundo a igreja católica, seu filho não poderia ser batizado e nem nomeado, já que não nasceu com vida, portanto, ele seria condenado a passar o resto da eternidade no limbo, deixando-a muito intrigada e triste. Quando ela descobre sobre um santuário que revive bebês por alguns segundos para que possam receber o sacramento do batismo, embarca em uma jornada para encontrar o tal local e assegurar a salvação da alma de seu filho, eis aí que a trama toda se desenrola. 

A jornada toda dura cerca de quatro dias, desde que Agata sai de sua terra natal, à beira-mar, até chegar ao esperado santuário, nas frias montanhas Dolomitas. Durante todo o trajeto, ela encontra com ladrões e todo o tipo de gente perigosa e estranha. Lembra muito os filmes de Pasolini, principalmente pela sua fotografia de filme antigo.

Essa história foi baseada numa história real, só que em sua grande maioria o trajeto era realizado por homens, já no filme, sendo realizado pela própria mãe, tornou ainda mais dramática a trama.

Um item curioso é que quase todo o elenco é formado por pessoas que nunca atuaram na vida, e isso de certa forma trouxe uma certa legitimidade a toda a história contada. O tempo, local exato onde ocorreu a gente não sabe ao certo também, e isso dá todo um brilho para a história e não ser apenas o mais o mesmo.

O filme possui algumas reviravoltas e no desenrolar da trama nos intriga por todas as situações em que os personagens passam. Possui mensagens pesadas, tocantes, e o filme nos surpreende pelo roteiro em si e pela direção maestral, também. Nos embalando junto à Agata, que por sinal domina as cenas, passa aflição e leveza de uma forma tão orgânica e verdadeira que conseguimos sim ser tocados a cada take.

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