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PEGA ESSA CRÍTICA DO FILME – Quando Margot encontra Margot

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Quando Margot encontra Margot

Margot (Sandrine Kiberlain) é uma mulher de 45 anos que em uma viagem à Paris, para ir ao funeral da sua antiga colega de quarto, acaba indo a uma festa cheia de pessoas com metade de sua idade, e fugindo da festa e de diálogos constrangedores, ela encontra Margot (Agathe Bonitzer), uma mulher de 20 anos que de festa em festa acaba de largar seu emprego e seu mestrado.

Diante das coincidências que as duas listam rapidamente, ali mesmo no banheiro da festa, elas chegam a conclusão que são a mesma pessoa em momentos distintos da vida. As duas acabam se encontrando mais uma vez em um trem a caminho de Lyon, cidade onde a Margot de Sandrine e os pais da Margot de Agathe vivem, e é nessa viagem de trem que elas encontram Marc (Melvil Poupaud), ex namorado de Margot (Sandrine Kiberlain), que faz parte de seu passado mas com força suficiente para agora se manter no seu presente, e ele mesmo sem entender totalmente a relação das duas segue o fluxo, porque afinal de contas Margot já passou por isso e afirma à Margot (Agathe Bonitzer), que ele tem um papel importante em sua vida, então ela acaba o mantendo por perto.

Em nenhum momento tentasse dar uma razão lógica para as coincidências que acabaram atraindo as duas, elas simplesmente decidem dar uma chance a esse encontro, vendo nele uma oportunidade de mudar seu presente. Enquanto a Margot de 20 anos vê nesse encontro inusitado uma chance de dar um rumo a sua vida que anda descontrolada, a Margot de 45 vê na sua versão mais jovem uma chance de reviver sua juventude e quem sabe até reparar alguns arrependimentos do passado.

O longa começa como um retrato bem-humorado de diferentes fases da vida de uma mulher, a Margot de Sandrine é mais experiente, mais leve, ela vê sua versão mais jovem dando os mesmos passos, mas com a desprendimento de quem já passou por aquilo, já a Margot de Agathe tem o peso do seu futuro, ela tem que decidir para onde ir e se vê perdida. Porém a partir do envolvimento de Marc (Melvil Poupaud), um ar de comedia romântica é adotado, a segunda metade do filme já não tem o mesmo dinamismo do inicio e abandona qualquer tentativa de se levar a sério.

Tanto Sandrine quanto Agathe entregam duas personagens fortes que dividem com equilíbrio perfeito o tempo em tela, e apesar da trama na metade final do longa se arrastar até sua conclusão um tanto quanto conveniente, ele é uma divertida reflexão sobre amadurecimento.

Quando Margot encontra Margot é o primeiro filme a estrear pelo programa Caixa de Pandora, parceria da Cinépolis com a Pandora Filmes, projeto que tem como intuito exibir filmes independentes em cidades além das grandes capitais e sobre o qual nós falamos mais no site, onde você pode encontrar mais informações sobre os cinemas participantes.


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