Pega Essa Crítica do filme Ghostbusters – Mais Além
Nas últimas 2 décadas, Hollywood tem ressuscitado diversas franquias de sucesso, seja com continuações da obra (como Halloween, de 2018, Pânico 5 de 2022 ou Matrix Ressurrection de 2021) ou com reboots (Brinquedo Assassino, de 2019, Mortal Kombat de 2020 e A Múmia, de 2017). Há casos de lindos acertos, que revitalizam a franquia e há casos onde olhamos e pensamos: porque fizeram isso? Porque?
“Ghostbusters – Mais Além” é um filme que entra na categoria dos acertos. É uma ótima aventura pra se assistir com a família no final de semana, assim como os 2 primeiros filmes dos anos 80 eram na época. Durante as 2h04 de filme você consegue se divertir e se apegar aos personagens, e consegue de fato ter uma boa imersão na realidade do filme.
Quando analisamos os personagens, o diretor Jason Reitman consegue trabalhar bem cada um dos protagonistas e faz com que tenhamos empatia por cada um deles, em especial o “núcleo das crianças”, que tem um maior foco no longa. E os atores-mirins entregam um trabalho muito bom! Mckenna Grace e Finn Wolfhard estão muito confortáveis em seus papeis, e conseguem transmitir seus dilemas pessoas de forma bem leve.
Já a construção do “núcleo adulto” tem menos tempo de tela, mas não são menos desenvolvidos por conta disso. Paul Rudd entrega uma boa dose de humor em tela e também serve como “ponte científica”, traduzindo para o roteiro questões mais técnicas ou difíceis de serem compreendidas.
O filme acerta também na trilha sonora e nos easter eggs que remetem muito aos filmes clássicos. Por mais que a ambientação seja outra e o momento seja diferente, você consegue sentir o ar dos filmes antigos presente no longa de 2021. E a fotografia do filme também é muito bem aproveitada e conduzida, principalmente em cenários mais abertos com cenas lindas e dignas de wallpapers de computador.
Agora vamos ao roteiro: Ele é bem construído sim. Você entende cada personagem bem, entende as motivações, medos e inseguranças deles, mas ele peca ao querer explorar demasiadamente na apresentação de cada personagem. A 1ª hora de filme chega a ser cansativa, pois o roteiro quer apresentar cada camada dos personagens, e por isso ele demora pra engrenar na ação. Ficamos esperando por momentos tensos e aventurescos que demoram pra tomar conta do filme.
E, a partir daqui, vou dividir o final da minha crítica em 2 partes: uma pra quem assistiu os filmes antigos e uma parte pra quem não assistiu.
Se você ta caindo de para-quedas e não viu os filmes antigos, fica tranquilo pois conseguirá entender bem a história e o contexto do filme. Ver os filmes dos anos 80 não é obrigatório, mas é muito recomendado para você entender todas as referências e easter eggs. Você vai se divertir, tenha certeza.
E se você assistiu aos filmes antigos, vai sair com um misto de sensações: por um lado a nostalgia vai aquecer seu coração: ver cada uma das armas usadas nos filmes antigos, cada fantasma que faz referência a um anterior é muuito legal. Contudo, você pode notar que o roteiro se escora até demais na nostalgia, e poderá sair dos cinemas com a sensação de que está vendo o mesmo filme que viu há quase 40 anos. E é aqui o maior erro do filme: ele não inova no seu plot. Ele apresenta a mesma história só que “repaginada”. E não estamos falando de um reboot, e sim de uma continuação direta. Há quem vai curtir, e há quem sairá incomodado da sessão.
Mas, pra finalizar, o saldo do filme é positivo, e vale a ida aos cinemas a partir de 18 de novembro!