PEGA ESSA CRÍTICA- Continência ao Amo
O filme é o famoso clichê Enemies To Lovers, mas que traz debates sérios como o perigo da diabetes e como o estado americano simplesmente ignora a vida de pessoas imigrantes no seu país.
História do Filme “Cassie (Sofia Carson) é uma garçonete que sonha em ser uma grande cantora, enquanto tem que lidar com a recém descoberta que tem diabetes, mas não tem condições de comprar remédios. Luke (Nicholas Galitzine) é um fuzileiro naval que está prestes a embarcar para o serviço, mas uma pessoa do seu passado volta para cobrar uma dívida que ele não tem como pagar.
Cassie e Luke mesmo sendo tão diferentes e mesmo se odiando decidem se casar para conseguirem os benefícios que o governo americano dá a fuzileiros navais e sua família. Porém o que era para ser um casamento de fachada aos poucos vai se tornando mais real do que eles esperavam.
O que mais chama a atenção nesse filme é como ele é mais pé no chão do que a grande maioria de filmes do gênero, por mais clichê que seja, ele traz debates muito sérios e escancara bem na nossa cara como os Estados Unidos “lida” com imigrantes e como o sistema deles é falho quando se trata de pessoas pobres e não americanas, por mais que talvez não seja a ideia do filme, já que essa questão fica em segundo plano não tem como ignorar esse fato já que é bem visível como podemos ver através da personagem Cassie, que inclusive Sofia Carson defende brilhantemente, como uma personagem humana, por mais latina que seja, e inclusive ela se orgulha muito disso, o filme ele não estereotipa a personagem, como muitos fazem com personagens latinos, pelo contrário é uma pessoa comum como outra qualquer, que precisa trabalhar e correr atrás de seus sonhos, ela só não é americana.
Outro ponto da personagem que o filme acerta muito é a seriedade que ele traz sobre a diabetes e o perigo que a doença oferece fora também o descaso do governo com pessoas pobres, imigrantes e doentes.
Já o personagem Luke defendido por Nicholas Galitzine não passa batido, apesar de inicialmente ter a sensação que é um personagem comum, que você olha e pensa “já vi esse tipo de personagem antes”, o filme faz com que sua percepção do personagem mude conforme o desenrolar da história segue, e o que antes parece só mais um personagem padrãozinho, vai se tornando um personagem cheio de camadas e conflitos, e o ator entrega brilhantemente as emoções necessárias para a construção do personagem, e acabamos nos simpatizando pelo personagem com seus conflitos como a vontade de se provar para alguém que ama, como o medo de decepcionar por conta de um passado tortuoso e como sempre é difícil se reerguer quando ninguém acredita em você.
A construção do amor desses dois personagens é um elogio a parte pois eles não se gostam logo de cara, mas é um ótimo exemplo de como o amor é, ele é construído aos poucos com calma e respeito mútuo, e a química entre os atores é inegável, desde o primeiro encontro desastroso até o momento mais decisivo dos personagens. Elenco e Produção Além de ter Sofia Carson e Nicholas Galitzine como os intérpretes dos seus protagonistas, o elenco do filme é formado por Anthony Ippolito, Linden Ashby, John Harlan Kim, Kat Cunning, Chosen Jacobs, Scott Deckert, Sarah Rich, Breana Raquel, Nicholas Duvernay e Kaitlin Huwe. Elizabeth Allen Rosenbaum assume a direção do filme, que por sua vez teve o seu roteiro assinado por Liz W. Garcia e Kyle Jarrow.
Continência Ao Amor estreou na sexta feira (29) lá na Netflix.