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Pega Essa Crítica – BlackBerry

Baseado em um livro de 2015, o filme da Blackberry mostra a ascensão e o declínio da marca, declínio esse ocasionado por uma maçãzinha aí, bem famosa.

Esta história toda virou um livro publicado em 2015 com o nome de Losing the Signal: The Untold Story Behind the Extraordinary Rise and Spectacular Fall of BlackBerry (Perdendo o Sinal: a história não contada por trás da extraordinária ascensão e queda espetacular do Blackberry). A autoria do livro é dos jornalistas Jacquie McNish e Sean Silcoff e mostra justamente os motivos pelo qual a Apple conseguiu tirar o nome da Blackberry da fama ao lançar seu primeiro smartphone com tela touch e que bateu de frente com a tecnologia da Blackberry que já se encontrava absoleta.

Em um momento a BlackBerry poderia controlar o mercado dos smartphones. Chegaram lá primeiro, descobrindo como utilizar a rede de dados, foram inovadores. É certo que tudo isto vinha embalado num dispositivo tão grosso e pesado, demasiado grande para os bolsos da maioria das pessoas, nada confortável para segurar junto ao ouvido. Ainda assim, a empresa canadense “Research in Motion” (RIM) revolucionou a forma como os mobiles funcionavam e o que podiam fazer, tornando os seus fundadores bilionários.

O filme é bastante irreverente e cativante, “BlackBerry” é um drama/comédia sobre o lançamento e o fracasso “daquele aparelhinho que as pessoas tinham antes de comprarem um iPhone”.

O astro de “It’s Always Sunny in Philadelphia”, Glenn Howerton, tem um bom desempenho ao interpretar brilhantemente o investidor e eventual co-CEO (risos) Jim Balsillie, um homem de negócios de temperamento bem explosivo cuja volatilidade mantém o nível de energia do filme lá nas alturas desde o momento em que aparece. 

Jay Baruchel de “Man Seeking Woman” entrega muito também ao dar vida ao famoso Mike Lazaridis que criou e fabricou o BlackBerry, o único detalhe que não curti, foi a caracterização dele, as perucas usadas e que soaram muito “fake”.

O filme de Matt Johnson, que leva apenas o nome do aparelho revolucionário criado pela dupla de nerds e sua turma, é diferente dos outros que retratam mudanças tecnológicas que marcaram a humanidade nas últimas décadas ou as figuras por trás delas. Primeiro pelo tom que se dá em muitas cenas, pois embora haja drama, o humor domina toda a trama; depois por optar não se ater nem ao técnico (detalhes sobre os aparelhos ou a tecnologia), utilizando uma linguagem precisa e que se comunica muito bem com o espectador, também nem mergulhar na vida e relacionamentos pessoais dos criadores, o que achei ótimo, pois foca na história em si, tornando-a gostosa de se ver na telona. A história é contada com maestria e excelência e o tempo passa voando! Nem parece um filme com 1 hora e 59 minutos, fora ambientação e fotografia do filme que está um primor.

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