PEGA ESSA CRÍTICA: BESOURO AZUL (2023)
“O universo te deu um presente, precisa descobrir o que fazer com ele.”
Em meio à saturação de filmes de super-heróis, reestruturação do universo DC nos cinemas, e uma greve que impediu o seu marketing, Besouro Azul entrega com perfeição o que vendeu no trailer! Chegando aos cinemas BR amanhã (17), o longa abraça a cultura latina e dá ao público a fórmula de origem que todo herói do mundo necessita pra estrear.
O recém-formado Jaime Reyes volta para casa cheio de aspirações, apenas para descobrir que o lar não está como ele o deixou. Enquanto busca seu propósito no mundo, o destino intervém quando ele é escolhido como hospedeiro de uma relíquia de biotecnologia alienígena: o Escaravelho. E com uma armadura com poderes extraordinários, ele deve se tornar o Super-Herói Besouro Azul.
O Diretor Ángel Manuel Soto é bastante inspirado em abordar e representar a cultura latina, seu trabalho acerta em tudo que se comprometeu a entregar. O roteiro é formulado na estrutura de origem, e por mais genérico que seja, o enredo funciona através de três atos bem definidos e rápidos à sua maneira.
Xolo Maridueña veste a armadura de Besouro com um farto carisma, extrema disposição, e cativa através de um bom protagonista humanizado. O visual do herói é ótimo ao misturar CGI com bons efeitos práticos. E Bruna Marquezine é um evento em cena, recebe um espaço incrível entregando química e talento.
A família vivida por Belissa Escobedo, George Lopez, Damián Alcázar, Elpidia Carrillo, e Adriana Barraza tem função narrativa garantindo destaques à todos pelas personalidades e atuações. Além de Susan Sarandon que vive a ameaça em forma acionista com êxito, e Raoul Max Trujillo que recebe a devida atenção.
A ação é muito boa, os momentos de combate oferecem lutas empolgantes e beneficiadas com um trabalho impecável de efeitos visuais para um blockbuster de médio orçamento. O visual do filme é agradável demais, a fotografia cheia de cores e bem filtrada cria uma boa imagem estética com certa identidade.
O tom é certeiro trabalhando eu humor que vêm carregado de boas referências latinas e garante as risadas, ao lado de um drama que se sustenta no poder familiar e emocional. A trilha sonora equipada com músicas animadas e boas composições originais garante completa imersão.
Portanto, Besouro Azul sabe que é um genérico do gênero, mas não deixa que isso o defina! Repleto de emoção, boas referências, humor e muito coração, o longa é mais um ótimo acerto que prova que um super-herói ainda pode entregar muita qualidade e diversão. Assistam e tirem suas próprias conclusões.