Longa-metragem ‘Delicadeza é Azul’ traz uma reflexão profunda
Autismo e estreia nos cinemas no dia 14 de janeiro
Documentário dirigido por Yasmin Garcez e Sandro Arieta conta com convidados especiais como o artista Ney Matogrosso e o fotógrafo Bob Wolfenson
“Não existe em lugar nenhum onde esteja determinado que uma coisa seja normal e outra coisa seja anormal. Eu sempre fui transgressor”. São com essas palavras, entre outras, que o artista Ney Matogrosso dá a sua opinião sobre o que é considerado “normal” e “anormal” no documentário “Delicadeza é Azul”, que estreia nos cinemas de diversas capitais do Brasil no dia 14 de janeiro (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Fortaleza, Palmas, Porto Alegre, Salvador e Goiânia). O longa-metragem, dirigido por Yasmin Garcez e Sandro Arieta, traz um panorama sobre o autismo e promove uma reflexão através de depoimentos com famílias que convivem com o Transtorno do Espectro Autista, professores, terapeutas, médicos e artistas.
O filme mostra também os desafios, tanto dos familiares, quanto de especialistas, em busca do melhor tratamento, como também questões que abordam a inclusão escolar e na sociedade como um todo. “Quis fazer este filme porque acho que no Brasil temos poucos produtos audiovisuais que abordam esta questão e sabemos que o quanto antes o diagnóstico for dado para as crianças, melhores chances de desenvolvimento elas terão no decorrer da sua vida”, afirma a diretora Yasmin Garcez.
‘Delicadeza é Azul’ questiona, de forma lúdica, o que significa no mundo de hoje uma comunicação relevante através dos cinco sentidos humanos. Na construção dessa narrativa, artistas convidados explicam sobre o que seria o valor funcional e poético de cada um deles: o cantor Ney Matogrosso fala sobre a audição, Bob Wolfenson, fotógrafo, sobre a visão, Roberta Sudbrack, chef, sobre paladar, a perfumista Veronika Kato sobre olfato e, por fim, a artista plástica Suzana Queirosa conversa sobre o tato.
Com muita poesia e emoção, o roteiro vai além das dificuldades práticas da síndrome e chama para uma conscientização cada vez mais urgente de que ser diferente é normal. “O filme nasceu em 2015, em uma época que eu comecei a assistir alguns documentários estrangeiros sobre o autismo. É um tema que sempre me chamou a atenção. São pessoas que colocam uma lente de aumento sobre os cinco sentidos e isso é muito forte. Pode ser muito potente e, ao mesmo tempo, pouco funcional para quem vive o Transtorno”, diz Yasmin. Produzido pela Ubuntu Filmes e coproduzido pela Afinal Filmes, o documentário terá lançamento nos cinemas no dia 14 de janeiro e também conta com direção de Sandro Arieta. A distribuição é da Pipa Pictures.
SINOPSE
“Delicadeza é Azul” sensibiliza o público para um novo olhar sobre o Transtorno do Espectro Autista. Através de entrevistas com crianças de diferentes níveis do espectro, seus familiares, terapeutas, professores e artistas, o filme questiona ludicamente, o que significa no mundo de hoje, uma comunicação relevante através dos cinco sentidos humanos. Cheio de poesia e emoção, o filme vai além das dificuldades práticas da síndrome, gerando reflexão sobre o valor do respeito, do amor e da delicadeza como elementos transformadores de uma realidade que nos chama para uma conscientização cada vez mais urgente de que ser diferente é normal.
FICHA TÉCNICA
Doc 72 min. Brasil
Classificação Indicativa: livre
Um filme de Yasmin Garcez e Sandro Arieta
IDEALIZAÇÃO Yasmin Garcez
MONTAGEM Sandro Arieta
TRILHA SONORA Felipe Puppi, Mario Wamser e Mari Blue
EDIÇÃO DE ÁUDIO Bernardo Gebara
OPERADORES DE ÁUDIO Jorge Florencio e Zoatha David
STILL Marcelo Tabach
TRADUÇÃO Daniel Sanches
APOIO INSTITUCIONAL Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz IFF – Instituto Fernandes Figueira
FINALIZAÇÃO Afinal Filmes
ROTEIRO Yasmin Garcez e Sandro Arieta
UMA COPRODUÇÃO Ubunto Filmes e Afinal Filmes
DISTRIBUIÇÃO Pipa Pictures
Este filme contou com recursos geridos pelo BRDE + FSA
Sobre a distribuidora Pipa Pictures
Criada em 2002, a Pipa é uma empresa pioneira na promoção, distribuição e lançamento de filmes brasileiros independentes de forma criativa. A análise individual de cada produto sempre foi o grande diferencial da sua proposta e a distribuidora sempre procura identificar ações customizadas para o lançamento comercial de seus diversos títulos. Buscando de forma objetiva atingir o público, a cada filme trabalhado, a Pipa desenha uma estratégia ligada ao perfil do público espectador que se visa alcançar na divulgação e promoção dos filmes e sua exibição em todo o país – seja em salas comerciais e grandes complexos de cinema, bem se apoia no circuito independente no Brasil.
A Pipa tem como meta lançar filmes de valor cultural agregado, reforçando a formação de público e levando produção cinematográfica nacional às telas de cinema. Na sua trajetória no mercado de distribuição estão filmes aclamados em festivais nacionais e internacionais e sucessos de crítica, apostando na força do cinema brasileiro. Entre os principais: “Elvis & Madona”, de Marcelo Laffite; “Filhos de João, de Henrique Dantas; o doc “Oscar Niemeyer – A Vida é Um Sopro, de Fabiano Maciel”; Trampolim do Forte, de João Rodrigo Mattos; “Celeste e Estrela”, da cineasta Betse de Paula; Outra Memória, de Chico Faganello; Belair, de Bruno Safadi e Noa Bressane e ainda, “Ritos de Passagem” filme de Animação de Chico Liberato.
Recentemente a empresa passou por uma reformulação, somando à seu line up projetos com mais apelo comercial que possibilitem grandes bilheterias, sem abandonar os filmes e o público que prefere obras de relevância artística. Esta nova visão consolidou parcerias em projetos audiovisuais, com destaque para: “Lima Barreto, ao Terceiro Dia” com direção de Luiz Pilar e coprodução com a Globo Filmes; “Um Dia Qualquer” dirigido por Pedro Von Kruger, com produção da Elixir Entretenimento e Canal Space; “Intruso”, de Paulo Fontenelle, numa parceria de produção do Canal Imaginário e Canal Brasil; “Noites de Alface” filme de Zeca Ferreira, produzido pela Afinal Filmes, entre outros.