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Livro “Quarentena: Contos Isolados” é uma coletânea de contos inspirados pela pandemia de Covid-19

Maurizio Ruzzi escreveu a obra em poucos meses e busca levantar respostas para questões pertinentes envolvendo a quarentena
“Quarentena: Contos Isolados”, escrito por Maurizio Ruzzi, foi lançado há algumas em outubro pela Skull Editora e aguça o interesse dos leitores por trabalhar em uma narrativa inspirada pela pandemia de Covid-19. Por meio de contos que envolvem questões humanas mediante a atual realidade, o escritor se propõe a levantar reflexões sobre assuntos incômodos e pertinentes.

Em entrevista com a editora responsável pelo lançamento, Maurizio foi questionado sobre as histórias narradas em “Quarentena: Contos Isolados”: “Essa curva fechada que fez a realidade convida a pensar em situações e consequências inusitadas, ou em tentar colocar em xeque as ideias que são marteladas na mídia de todos os lados. A literatura permite a você fazer perguntas desagradáveis.”, respondeu.

Até o momento, a obra fictícia é considerada uma das primeiras inspiradas pela pandemia de Covid-19 a ser lançada no Brasil. O país já contabiliza mais de 6.400.000 casos confirmados e quase 175.000 mortes pelo vírus, e a situação é “muito preocupante” em território brasileiro, de acordo com a OMS.

É válido ressaltar que o 11° Painel do Varejo de Livros no Brasil 2020 constou um aumento consistente nos últimos — em pandemia — na compra de livros. Os dados foram divulgados no dia 17 de novembro, confirmando o crescimento de 25% em volume e 22% em valor dos livros vendidos, a pesquisa foi realizada em comparação ao mesmo período de 2019.

Muito conhecido por Contos do Machado e 13 Vítimas da Política Brasileira, o autor também traz um pouco do seu humor para “Quarentena: Contos Isolados”, que já está disponível nas maiores livrarias e lojas on-line do Brasil.

Sobre Quarentena: Contos Isolados
Tantas vezes foi dito que a ficção imita a vida, e também que a vida imita a ficção. Quem imita quem? É tão difícil responder essa pergunta como é responder “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?” A vida sempre cria novas situações, aparentemente impossíveis e impensáveis. Mas quanto disso é consequência da ação de pessoas que, sabendo ou não, agem sob o efeito da literatura? Porque a maneira como elas veem o mundo ̶ a própria estrutura de suas ideias ̶ veio da literatura, como a história do lobo mau que viram quando criança e o filme de ficção que recentemente as deixou boquiabertas no cinema (ou na Netflix!). Esse ciclo corre solto, sem parar, vida e ficção, ovo e galinha, um nascendo do outro, eternamente.

“Quarentena – Contos Isolados” é um novo elo nesse ciclo, 13 contos inéditos que conversam com a ficção científica e a crônica, surgidos assim que a vida acabou de fazer uma curva inesperada. “…Só que nós não contamos com a capacidade que as pessoas têm de corromper as coisas. As pessoas corrompem tudo, as pessoas corrompem a morte. Diabos, as pessoas corrompem até o capitalismo.”

Sobre Maurizio Ruzzi
Cão miserável, verme rastejante, mentiroso, maldito, descendente de uma raça de ladrões e rameiras, sangue marcado por todas as pragas e todas as maldições. Má companhia, azedo como o vinagre de uvas crescidas na lama pútrida de um cemitério pagão. Vaga por essa terra urrando suas calúnias imundas, e se há justiça no mundo ele deve ser banido de toda vila, povoado ou cidade onde tentar fixar seu lamentável esqueleto.
Por algum motivo impossível de se compreender, dado que os desígnios dos deuses fogem à compreensão do espírito humano, é cercado de boa gente: mulher, família, amigos, parceiros e comparsas. Pessoas de fibra, caráter, com história e queixos erguidos mais por coragem do que por orgulho. A sombra de tais pessoas é a única coisa digna que pode ser vista neste homem.

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