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Gian Correa e Os Chorões Alterados – show lançamento CD O Abismo da Prata – Teatro Cacilda Becker em SP

Dias 15 e 16 de janeiro Gian Correa e Os Chorões Alterados apresentam o show de lançamento

do álbum O Abismo do Prata no Teatro Cacilda Becker

Gian Correa e Os Chorões Alterados lançam o disco O Abismo da Prata em show no Teatro Cacilda Becker, nos dias 15 e 16 de janeiro.

O violonista 7 cordas, compositor e arranjador, Gian Correa, a quem Mestre Guinga é enfático nos elogios, tem seu olhar particular  sobre o histórico gênero do choro. Tem uma abordagem em que utiliza novos elementos musicais e, ao mesmo tempo, mantém o verdadeiro fundamento da música brasileira.

Gian Correa para atingir perfeição sonora e o requinte pretendidos estará cercado de músicos de destaque com os quais tem afinidade musical, como Cainã Cavalcante no violão de 6 cordas, Enrique Menezes nas flautas, Henrique Araújo ao cavaquinho, bandolim e violão tenor, e Rafael Toledo na percussão.

Nas duas noites do show de lançamento do álbum O Abismo da Prata, o público poderá se encantar com as obras inéditas de Gian Correa: Nua e Crua, Não se Entrega, O Diplomado da Corte, Suor por Matéria, Notas Amargas, Lampejo de Consciência, Vida que Segue e Esperançar.

Essas músicas tornam-se um libelo sobre a iniquidade social, e ao fazer abrir olhos questiona como reformar essa injustiça.

As músicas e poemas de Gian Correa adornadas pelos murais de Apolo Torres, união de duas artes, estão expostas em muros dos bairros da Mooca, Sta. Efigênia , Vila Madalena, Bixiga, Sumaré, Grajaú e Casa Verde, locais mais importantes do choro paulistano. É podem ser captadas pelo Q R Code.

Ficha Técnica do Show

Gian Correa: Violão 7 Cordas

Cainã Cavalcante: Violão 6 Cordas

Enrique Menezes: Flautas

Henrique Araújo: Cavaquinho, Bandolim, Violão Tenor e Tamborim

Rafael Toledo: Panderia, Pandeiro, Adufe, Caixa, Caixeta, Reco-Reco, Pratos

Gian Correa e os Chorões Alterados
Show de lançamento do álbum O Abismo da Prata

Teatro Cacilda Becker

Rua Tito, 295 – Lapa

Telefone: (11) 3864-4513

Capacidade: 200 pessoas

Dias 15 e 16 de Janeiro de 2022, Sábado às 21:00 e Domingo às 19:00

Duração: 80 minutos aproximadamente

Ingressos: Grátis (Retirar 1h antes do início do espetáculo, mediante apresentação do comprovante de vacinação contra covid-19.)

Classificação etária: livre

Acesso para deficientes físicos

Suor Por Matéria

Single Suor Por Matéria, que é uma das faixas do álbum O Abismo Da Prata, já esta disponível em todos os streamings.

CD O Abismo da Prata

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O Abismo da Prata nasceu da parceria entre Gian Correa e o artista plástico Apolo Torres. O projeto que aborda temas sociais tem como maneira de expressão o diálogo entre duas artes: o grafite e o choro. Para cada uma das 8 composições de Gian Correa, um muro foi pintado na cidade de São Paulo por Apolo. Através do QR code presente em cada muro, é possível se apreciar a pintura mural e a respectiva música simultaneamente.

A música diz respeito ao olhar de Gian Correa sobre o choro contemporâneo, este gênero centenário que nas mãos de Gian toma nova forma, com uma sonoridade fresca que flerta com elementos musicais atuais, mas não deixa de lado os fundamentos da música brasileira.

Para este álbum, Gian contou com alguns dos maiores representantes em seus instrumentos da cena musical paulistana: Cainã Cavalcante no violão de 6 cordas, Enrique Menezes nas flautas, Henrique Araújo ao cavaquinho, bandolim e violão tenor, e Rafael Toledo na percussão.

O trabalho conta ainda com participações especiais de Juliana Amaral (voz), Renato Braz (voz) e Shai Maestro/NY (piano Rhodes).

“Gian Correa é uma convergência de superlativos. Como toca, como arranja, como compõe!

Músico raro. muito inquieto com a cabeça a milhão por hora!

Veio para enriquecer a música brasileira. Altíssimo nível! Uma honra poder dizer essas palavras sobre ele.”

Guinga

Neste disco, Gian Correa traz a expressão sonora da indignação a uma lógica sistêmica de opressão e abuso. O foco é a denúncia das injustiças sociais. Cada faixa, ainda, é acompanhada por um painel de Apolo Torres que traz, em si, a tradução, em imagem, do mesmo conceito. Cada painel é pintado em um ponto da cidade de São Paulo de grande importância para o choro.

1.Nua e Crua

Avenida Paes de Barros, 955, Bairro da Mooca.

Homenagem ao Clube do Choro de São Paulo

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Na verdade, é tudo injusto e desnecessário. Essa é a realidade, nua e crua. Tudo que há são mãos pueris que trabalham enquanto outras brincam. Só há, de um lado, o futuro e, de outro, o fim. Só há o silêncio e o descaso, assentados e irremovíveis do palanque sagrado da desigualdade. Como sofreram os profetas que quiseram derrotar a feiura que caminha pelos corredores da história.

Como rodaram as rocas e os teares que tecem fios inquebráveis, grilhões que passam qual herança, atravessando as gerações.

2.Não Se Entrega

Rua General Osório 46, Bairro Sta. Efigênia

Homenagem à tradicional roda de choro a loja Contemporânea

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O dia a dia é melodia que se repete. Em meio à batalha, permanecer talvez não seja dever, mas certamente é salvação. A mão frágil que entrega balas no farol é a mesma que toca, firme, cordas e coração. É espírito que se levanta e carrega, na penumbra, o mundo inteiro em suas costas.

É dura e mutável a caminhada, do cantar preguiçoso do galo ao cair violento das noites.

Resta somente a resistência àqueles que não se entregam.

3.O Diplomado da Corte

Rua Belmiro Braga, 16, Bairro Vila Madalena

Homenagem ao Bar do Cidão

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Como ter coragem pra bater no próprio peito e tomar como teu aquilo que de teu nada tem? Não seria melhor dar graças, sempre e em todo lugar, por aquilo que te foi entregue em bandeja de prata? É ético teu destino? É veloz ou morosa tua jornada? Assim, o diplomado se torna o bobo, e tem na corte o seu picadeiro. Mas o problema vai vir quando o circo pegar fogo.

4.Suor Por Matéria

Rua 13 de Maio, 749, Bairro Bixiga

Homenagem ao bar Villagio Café

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Caminhando cinzentos pelas ruas, uma coleção de mercadorias nos espreita.

Relógios de corda, repetimos e repetimos, dando de cabeça baixa nosso suor e nosso brilho, bilhetes de troca de cada vez menos valor. Perdemos a nós mesmos e ganhamos coisas — e que tristes são as coisas! Somos também dignos de louvor.

Mais valem as forças e histórias e amores e tudo mais que não pode e não será comprado. Somos, também e principalmente, imateriais.

5.Notas Amargas

Rua Capital Federal, 30, Bairro Sumaré

Homenagem à Roda de Choro do Silvinho,

Bar do Bacalhau, Escola de Choro de SP e Rádio Tupi.

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O sabor da tirania é amargo e amargas são as notas que tão inumanamente trocam de mãos. É também amargo o odor putrefato dos frutos que já foram colhidos podres do pé, como se fosse esse seu inevitável porvir. Maçãs proibidas que tomamos e comemos e, com amargura, cuspimos de volta ao chão. Mas tanta amargura não será em vão: serão amargos seus destinos, que nós, com notas nossas de outro soar, reduziremos a pó.

6. Lampejo de Consciência

Rua Simpatia, 159, Bairro Vila Madalena

Homenagem ao Bar Ó Do Borogodó

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Lampejos de um sonho azulado. Clarão, faísca, centelha. Homens que removem seus ternos e abandonam suas gravatas. Despem-se também de preconceitos, privilégios, prata. Comungam todos do mesmo pão. Mãos abertas e união. Só por um instante, por um segundo, ainda que fugaz.

Mas é só sonho e tudo some em rápido espiral com o soar cruel do despertador.

É hora de ir trabalhar.

7.Vida Que Segue

Rua Jequirituba, 566, Bairro Grajaú

Homenagem ao luthier de instrumentos de choro Agnaldo Luz

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Somos as dores dos ombros que carregam enxadas. Os calos nos dedos. Somos as serras e os machados que cortam madeira. As faces escurecidas pelo carvão que move a fábrica, que move o trem. Madeira e carvão. Café com pão, café com pão. Indivíduos-locomotiva, tordos silenciados, calados com as bocas de arroz e feijão.

Um passo atrás do outro, encontrando o sol que entra pelas rachaduras das paredes de gesso da opressão.

8.Esperançar

Av. Baruel, 259, Bairro Casa Verde

Homenagem à roda de choro do luthier Manoel Andrade

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Os muros não vão se derrubar sozinhos, tampouco vão, de bom grado, se abrir as algemas.

O asfalto não vai quebrar por vontade própria: cabe à flor furá-lo. Agir é verbo.

Mudar é verbo. Lutar é verbo. Quaisquer que sejam nossas armas, do sangue à poesia, esperar é inconcebível. Não basta a esperança. Devemos esperançar.

Ficha Técnica

Os Chorões Alterados

Gian Correa: Violão 7 Cordas

Cainã Cavalcante: Violão 6 Cordas

Enrique Menezes: Flautas

Henrique Araújo: Cavaquinho, Bandolim, Violão Tenor e Tamborim

Rafael Toledo: Panderia, Pandeiro, Adufe, Caixa, Caixeta, Reco-Reco, Pratos

Músicos convidados

Juliana Amaral Voz [faixa 8]

Renato Braz Voz [faixa 8]

Shai Maestro Piano Rhodes [faixa 4]

Produzido por Gian Correa

Gravação Thiago Big Rabello no estúdio Da Pá Virada

Assistente de gravação: Frederico Pacheco

Mixagem: Gian Correa no estúdio Usina Telecoteco

Masterização: Rodrigo Castro Lopes

Gravado 25 e 26 de novembro de 2020

Lançamento pelo selo Anzic Records, New York.

Produção Executiva | Giovani Correa

Projeto | Enrique Menezes

Apoio | Usina Telecoteco

Shai Maestro gravado por ele mesmo

Renato Braz gravado por Mário Gil no estúdio Dancape

Juliana Amaral gravada por Gian Correa no estúdio Usina Telecoteco

Gian Correa usa violões Agnaldo Luz e cordas DÁddario

Ilustrações do CD | Apolo Torres

Design da Arte do CD | Maria Birba

Textos e poemas do Encarte | Renato Frei

Fotos | Thamires Mulatinho

Todas as composições e arranjos são de autoria de Gian Correa

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