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Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2

“Pets: A vida Secreta dos Bichos” lançado em 2016 trazia uma premissa inteligente e divertida, o que nossos animais de estimação fazem quando não estamos por perto? E mesmo que não perfeitamente, conseguiu se sustentar durante o primeiro filme, principalmente por ser uma ideia cativante para muitos de nós que chegam em casa ao final do dia para reencontrar nossos pets.

Nesta sequência acompanhamos novamente Max (Danton Mello) e Duke (Tiago Abravanel). Sua dona Katie acabara de ter um filho e agora a missão de Max é garantir a segurança de Liam, e esta é a única história realmente interessante aqui. O longa aborda como a chegada de um recém-nascido muda toda a dinâmica da casa, deixando os cachorros confusos com a atenção dos donos que agora não é mais inteiramente sua e o comportamento errático da criança. Mas a história logo segue quando Max, Duke e sua família vão passar alguns dias em uma fazendo onde conhecem Galo, um cachorro de pastoreio que mantém os animais de fazenda na linha.

Enquanto isso, de volta a cidade, reencontramos todos os personagens do primeiro filme, Gigi, a Lulu da Pomerânia que segue tendo uma paixão por Max, aceita cuidar de seu brinquedo favorito enquanto ele viaja, mas num descuido o brinquedo acaba caindo em um apartamento vizinho, onde mora uma senhora com muitos, muitos gatos. Desesperada, Gigi pede ajuda a Chloe, a gata cínica responsável por alguns dos momentos divertidos do filme. Chloe então ensina Gigi a se comportar como um verdadeiro gato para entrar em território inimigo despercebida.

Em outro apartamento, Bola de Neve (Luiz Miranda) o coelho hiperativo e paranoico, que agora se veste como um super-herói em defesa dos animais é surpreendido por uma nova personagem, uma cachorra Shih Tzu chamada Daisy (Dani Calabresa) que o convoca para salvar um filhote de tigre que ela presenciou ser maltratado por um sinistro dono de circo.

Ainda que simples e previsível, o primeiro filme era irresistível e em grande parte divertido, o que a sequencia não consegue repetir, com uma historia ainda mais rasa, que dificilmente se sustenta durante todo o decorrer do filme, ele tem momentos pontuais de divertimento perdido entre as muitas histórias, que por falta de desenvolvimento adequado, parecem ser aleatórias e não se conectam de maneira que justifique a introdução destas tramas paralelas, é como se juntassem vários curtas, daqueles que passam em intervalos comerciais, em um único filme.

Tudo acontece de uma só vez e fora de ritmo, a sequência de Gigi e Chloe é a maior responsável pelas risadas enquanto aborda o comportamento excêntrico dos gatos, já a parte da história que mostra a viagem de Duke e Max na fazenda tem seus momentos, principalmente quando Galo é o foco, mas é repetitiva e não se desenvolve com a profundidade necessária para passar a mensagem que deseja, e por último, a sequência de Bola de Neve e Daisy, que é a responsável por juntar todos os personagens na mesma trama, parece forçada e sem sentido.

“Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2” tem seus momentos de fofura e diversão onde os donos de pets podem se identificar e assim consegue arrancar um “oown” aqui e uma risada ali, porém o excesso de histórias paralelas de personagens que se encontram para o desfecho final de maneira forçada faz com que o filme perca o ritmo e a atenção do espectador. Parece que já no segundo filme os diretores e roteirista gastaram todos os truques que sabiam.

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