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PEGA ESSA CRÍTICA DO FILME – Free Solo

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Free Solo, documentário ganhador do Oscar, acompanha o alpinista americano Alex Honnold durante sua preparação e escalada sem nenhum tipo de equipamento do paredão conhecido como El Capitan, localizado no parque Yosemite, na Califórnia.

Alex é reconhecido como o melhor alpinista Free Solo do mundo, uma modalidade que dispensa o uso de cordas e outros equipamentos de segurança, ou seja, é uma escalada do tipo caiu, morreu e durante anos ele escalou diversas rotas do El Capitan, pensando no dia em que ele poderia alcançar o topo do paredão de 914 metros de altura utilizando apenas seus pés e mãos, e em junho de 2017, após uma preparação minuciosa, Alex se tornou a primeira pessoa a realizar esse feito.

Durante o documentário ele é acompanhado por outros alpinistas experientes, que o auxiliaram durante todo o processo de preparação e participam das filmagens das escaladas, e um pensamento em comum para todos eles é de que, se para leigos em alpinismo o feito de Alex parece surreal, para quem realmente entende do assunto ele é ainda mais surpreendente. Para que tentemos ter uma noção da dimensão do acontecimento podemos comparar em termos de altitude o El Capitain com outra formação rochosa que nos é muito conhecida, o Pão de Açúcar, o bloco de granito localizado na cidade do Rio de Janeiro tem 396 metros de altitude, portanto o paredão, localizado na Califórnia, escalado por Alex sem a utilização de nenhum tipo de equipamento de segurança é cerca de duas vezes e meia mais alto.

O desafio para a equipe do diretor Jimmy Chin, que contou com 4 cinegrafistas, também alpinistas, localizados em pontos estratégicos do El Capitan, além daqueles localizados no chão, era conseguir capturar todos os momentos sem que nenhuma interferência fosse feita na escalada, qualquer distração causada ali poderia ser fatal, além disso, também existia a interferência no porque de se fazer a escalada, Alex em nenhum momento quis que aquilo fosse feito para algum tipo de exposição, ele escala apenas para si mesmo, e ser observado por tantas pessoas diferentes enquanto realizava a escalada o deixou visivelmente incomodado.

Além da preparação física e técnica em torno da escalada, o documentário de 96 minutos de duração também mostra a preparação psicológica de Alex e um pouco da sua vida pessoal, seu novo relacionamento amoroso e como ele o afeta, e sua infância. Diferente do que muitos imaginam Honnold não é uma pessoa impulsiva em busca de adrenalina, ele se mostra muito calmo e minucioso o tempo todo e destaca que a escalada free solo é um esporte onde é preciso ser metódico e mover-se cuidadosamente.

Ainda que, mesmo antes de assistir ao documentário saibamos que no final tudo deu certo, a forma como o trajeto e as dificuldades da escalada são apresentadas fazem com que Free Solo seja uma experiencia assustadora e muito interessante de ser vista, mesmo nos momentos finais, onde o espectador tem certeza de que agora vai dar certo, o suspense e a tensão ainda estão presentes tornando o documentário instigante e divertido.

Free Solo tem estreia marcada para 9 de março, às 21 horas, no canal National Geographic, para saber quais outros horários de exibição confira a grade da programação no site da National Geographic Brasil.


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