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Vamos falar do filme do Momento? Devo assistir ou não Animais Fantásticos?

Aqui é sem frescura, então confira a crítica da nossa Cinéfila Giovanna

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald deixa o universo de Harry Potter de cabeça para baixo e embaralha a mente do fã. O segundo longa da franquia agora deixa claro que suas histórias antecedem os filmes de Harry Potter. Com Albus Dumbledore ainda jovem interpretado por Jude Law em uma luta contra Grindewald (Johnny Deep) que prega a supremacia de bruxos sobre os trouxas e esse é o mote do filme, onde Grindewald após fugir da prisão tenta montar um exercito e converter bruxos para sua seita.

O longa já inicia de onde parou Animais Fantásticos e Onde Habitam, quando está sendo feita a transição de Grindewald para a prisão e é claro, ele foge. Durante a história não fica claro porque Grindewald e Dumbledore tem suas diferenças e essa parte com certeza ficará para o próximo filme que está prometendo ter pelo menos mais três até chegar ao seu final.

Os fãs de Harry Potter poderão encontrar no filme algumas mazelas na história. Uma delas é a aparição de McGonagall que vem a contradizer uma informação presente nos livros da série Harry Potter. Em Harry Potter e a Ordem da Fênix, McGonagall revela que trabalha em Hogwarts há cerca de 39 anos (e a história se passa em 1995) já os Crimes de Grindelwald se passa em 1927, e flashbacks durante o filme mostram a professora em Hogwarts entre os anos de 1911 e 1912 e com isso temos um desencontro de informações o que poderá enfurecer os fãs.

O longa-metragem não tem uma história fechada nem segue uma cronologia que coloca o espectador a par do que está acontecendo, e é longo demais, demonstrando um roteiro arrastado e que deve incomodar espectadores ocasionais que não são fãs da saga de J.K.Rowling.

Voltar a ver Hogwarts a casa mais amada da saga Harry Potter e visualizar diversos easter eggs como referências importantes devem garantir a satisfação do fã. A nova trama possui algumas reviravoltas interessantes que serão capazes de abalar as estruturas do mundo bruxo e isso é o que faz perceber que J.K. Rowling melhorou sua performance como roteirista ao comparar o primeiro e o segundo filme, porem, o desenvolvimento dos conflitos e soluções ainda demonstra-se demasiado literário e é notável seu problema em solução de conflitos . Mas ainda sim, é notável a evolução no tratado da trama pois envolveu mais os animais fantásticos no decorrer da história, criou um antagonista a altura de Harry Potter e voltou a demonstrar o tom sombrio dos últimos filmes da saga do pequeno bruxo.

O longa-metragem não se demonstra memorável e isso consideravelmente deve-se ao fato da direção de David Yates deixar que J.K. Rowling seja a protagonista e assim torna-se uma obra mais fraca no contexto geral.

Quem realmente se destaca é Johnny Deep. Tendo as ressalvas de todas as polemicas vivenciadas em torno do ator, J.K. Rowling pareceu não se preocupar com o fato da rejeição do ator e o escalou para ser o vilão da história. Deixando isso de lado, temos que ressaltar que a atuação foi primorosa . Nenhum sinal de Jack Sparrow ou da decadência que vivenciou nos últimos anos estão presentes em Grindewald. J.K. Rowling mais uma vez arrasou e com certeza irá ser um estouro perante os fãs de seus livros e filmes.

Criticar e ir contra isso seria demonstrar implicância. Tendo em vista que são poucos os erros cometidos, de modo geral o novo filme é realmente fantástico e devo dizer que melhor ainda quando visto em sala de cinema com tecnologia IMAX ou 3D/HD faz toda a diferença! Rowling seguramente demonstra que sabe o que fazer para manter esse império construído por ela através de seus livros e deixa sua marca mais uma vez na história das ficções infanto-juvenis.

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