A Megera Domada Teatro Folha
Estrutura original do texto é base para uma
reflexão sobre a desigualdade de gênero
Com: Leonardo Miggiorin | Leticia Tomazella | Lisandra Cortez
Eduardo Leão | Sérgio Rufino
A Megera Domada é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera.
A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. No elenco estão três atores que retomam a parceria com Korik, Leonardo Miggiorin, Eduardo Leão e Sérgio Rufino e as jovens revelações da TV Leticia Tomazella e Lisandra Cortez.
Os cinco atores interpretam dezesseis personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Para a composição corporal foi convidado Tito Soffredini, neto do grande dramaturgo e diretor Carlos Alberto Soffredini (1939-2001), que é especialista na técnica de Klauss Viana), que fez um intenso trabalho de preparação.
Foto: Will Siqueira
Para facilitar a identificação da plateia com os vários personagens, uma brincadeira com sotaques brasileiros identificará cada um. Se na peça original eles nasceram em Pádua, Pisa ou Mântua, nesta montagem os sotaques passeiam entre mineiros, gaúchos ou paulistas do tradicional bairro da Mooca.
“Fui desafiado pelo Fabio a dirigir um texto de Shakespeare. Estranhei, pois meu trabalho sempre foi mais voltado para a comédia e para o popular, mas ele me provou que Shakespeare também tinha este caminho. E assim surgiu esta versão bem popular” conta Isser Korik.
Escrita em 1594, especialistas divergem sobre a intenção do autor: seria A Megera Domada um retrato da vida renascentista ou uma crítica aos costumes da época? Ao conhecermos os personagens, com seus discursos e crenças, fica clara a transformação que a sociedade viveu nestes mais de 400 anos, seja ela moral, ética ou a própria ideia do casamento, ao mesmo tempo mostra que ainda sobrevivem na sociedade atual alguns resquícios do pensamento da época. A adaptação se vale da estrutura original, que cria uma peça dentro da peça, para ampliar a discussão sobre a desigualdade de gênero. Mantendo a graça, a leveza, os romances e o humor do texto de William Shakespeare.
A Megera Domada
Comédia de William Shakespeare
Tradução e adaptação de
Fábio Brandi Torres e Isser Korik
Direção: Isser Korik
Elenco: Leonardo Miggiorin, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Eduardo Leão e Sérgio Rufino.
Gênero: comédia
Recomendação: Livre
Duração: 70 min.
Temporada: de 12 de outubro a 2 de dezembro, todas as terças, quartas e quintas-feiras
Horário: 21h
Ingressos: R$ 70, setor A e R$ 50 setor B (meia-entrada para Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto.
TEATRO FOLHA
Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 – Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323. Vendas online: www.teatrofolha.com.br
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Ficha Técnica
A Megera Domada
Comédia de William Shakespeare
Tradução e adaptação de
Fábio Brandi Torres e Isser Korik
Direção: Isser Korik
Assistência de Direção: mariana São João
Preparação Corporal de atores: Tito Soffredini
Elenco: Leonardo Miggiorin, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Eduardo Leão e Sérgio Rufino.
Cenografia: Paula de Paoli
Figurinos: Graziela Bastos
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Iluminação: Isser Korik
Maquiagem: Patrick Aguiar
Fotografia: Heloísa Bortz
Equipe de Palco: Isabela Alcântara, Mariana São João, Victor Garbossa
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco
Administração: San Marino
Prestação de Contas: Sonia Kavantan
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Criação Gráfica: Designorama
Equipe técnica: Jardim Cabine
Mídias Sociais: Renata Castanho
Coordenador do Projeto: Luiz Morgensztern
Produção Executiva: Will Siqueira
Realização: Referendum
Sobre Isser Korik
Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, Isser Korik coleciona trabalhos marcantes como comediante em 36 anos de carreira, como “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e, recentemente, “E o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill, e “Divórcio!”, de Franz Keppler. Como diretor se destaca na comédia. Concebeu “Nunca se Sábado…”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso…”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Jogo Aberto”, de Jeff Gould; “O Empréstimo”, de Jordi Galceran; “Que Tal Nós Dois?”, com Carolina Ferraz, “As Guerreiras do Amor” de Domingos Oliveira e “Novo e Normal” com Sérgio Mamberti e Suely Franco. Também se destaca no teatro para crianças onde dirigiu “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autoria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da produtora Conteúdo Teatral e do Teatro Folha.
Sobre Fábio Brandi Torres
Fabio Brandi Torres é diretor teatral, dramaturgo e roteirista. Foi vencedor por duas vezes do prêmio de Melhor Autor do Festival de Teatro Curta/SESI (2000 e 2002) e três vezes indicado como Melhor Autor ao Prêmio Coca-Cola FEMSA de Teatro Jovem (“A Matéria dos Sonhos”, 2004, “Ciranda das Flores”, 2009 e “Pandolfo Bereba”, 2013). Também foi indicado ao Prêmio Shell 2005, como Melhor Autor, por “O Mata-Burro”. Como roteirista, foi colaborador das novelas “Seus Olhos” (SBT) e “Paixões Proibidas” (BAND/RTP), e da sitcom #PartiuShopping (Multishow). Em 2017, assinou o roteiro do documentário Inezita, para a TV Cultura. Teve a peça “Um Conto do Rei Arthur” editada ao vencer o Concurso de Dramaturgia Vladimir Maiakovski e o livro infanto-juvenil “O Tesouro de Fabergè” publicado em duas edições. Seus textos já foram apresentados em Portugal, Espanha, Estados Unidos e Cabo Verde, e encenados por Isser Korik (Revistando, Grandes Pequeninos e A Pequena Sereia), Iacov Hillel (Prepare seu Coração e Tutto Nel Mondo è Burla), Val Pires (Medida por Medida), Caco Ciocler (Vão Livre), André Garolli (Trama da Paixão e O Mata-Burro), William Gavião (Respeitável Público? e Macbeth) e Rosi Campos (Se Casamento Fosse Bom…).
Sobre o elenco
Formado em Artes Cênicas em Curitiba, pelo Colégio Estadual do Paraná (1998), Leonardo Miggiorin trabalhou com grandes nomes do Teatro e da Teledramaturgia nacional como, Fernando Meirelles, Ricardo Waddington, Bia Lessa, Denis Carvalho, Wolf Maia, Jaime Monjardim, além de contracenar com grandes atores ao longo de sua trajetória. Na TV Globo, iniciou seus trabalhos aos 17 anos em “Flora Encantada” (1999) e foi na minissérie “A Presença de Anita” (2001), em que viveu o tímido Zezinho, que Miggiorin ganhou o reconhecimento do público, logo no início de sua carreira. Desde então atuou em diversas novelas, como “Senhora do Destino”, “Mulheres Apaixonadas”, “Cobras e Lagartos”, “Viver a Vida”, “Malhação”, “Som e Fúria” e “Insensato Coração” na Rede Globo e “A Terra Prometida”, “Dancing Brasil” e “Jezabel”, recentemente, na Rede Record.
No Teatro, já participou de mais de 40 montagens teatrais, entre comédias, musicais, dramas e infantis. Integrou o elenco do aclamado “Grande Sertão: veredas” (2017 – 2019), com direção de Bia Lessa, e o cultuado espetáculo “Equus” (2012), de Alexandre Reineke. No Cinema, atuou em filmes como “O casamento de Romeu e Julieta”, de Bruno Barreto, “ La Riña” e “Colegas”, de Marcelo Galvão, “Travessia”, de Bia Lessa, entre outros. Além de Ator, Miggiorin graduou-se como Psicólogo e hoje estuda Direção Cinematográfica e Psicodrama em São Paulo.
Letícia Tomazella é atriz formada pela Escola de Arte Dramática da USP. Já trabalhou com diretores como Clarice Niskier, André Acioli, Luiz Damasceno, Vladimir Capella, Leonardo Medeiros, Georgette Fadel, Marat Descartes, entre outros. No teatro, seus trabalhos mais recentes são os espetáculos “A Cabala do Dinheiro” (direção de Clarice Niskier e André Acioli) e “Brechó” (direção de Marat Descartes e Gisele Calazans).
Na TV, seus dois mais recentes papéis foram a cômica Arlete, de As Aventuras de Poliana (SBT) e a doce Leora, em Gênesis (Record TV). Na pandemia, foi autora e atriz do projeto para Internet chamado “Atriz Irrelevante”, sob direção de Sérgio Roizenblit. O trabalho que foi contemplado pelo prêmio do Itaú Cultural “Arte como Respiro”.
Lisandra Cortez, além da formação teatral, é comunicóloga formada pela Universidade Metodista de São Paulo. Finalizando o curso superior, se aprofundou no estudo da atuação para câmera cursando a Oficina de Atores da Rede Globo. Na TV, participou de cinco novelas. Seu último trabalho na TV foi a novela “As Aventuras de Poliana”, pelo SBT. Estreou em novelas, em 2007, protagonizando “Amigas e Rivais”, também pelo pelo SBT. Em 2021 lançou a websérie “ A História é Sua”, em parceria com a Otzi Group que conta com episódios curtos e rápidos que se comunica com o público jovem. No teatro atuou na montagem “Não Nem Nada”, de Vinicius Calderoni, “Tristão e Isolda”, de Vladimir Capella, e a “Inquisição da Alma”, de Airen Wormhoudt e Zedú Neves.
Eduardo Leão – Ator formado pela ECA/USP. Atua também como Diretor e Professor de Teatro desde 1990. Nos últimos anos vem se especializando como Diretor de Teatro para crianças, destacando “Bento Batuca” e “Chapeuzinho Vermelho, uma versão além da palavra” e como Ator de Teatro Musical em produções como “Castelo Rá Tim Bum” e “Cangaceiras, Guerreiras do Sertão”.
Sérgio Rufino é ator, natural de São José de Rio Preto, em São Paulo. Já atuou em varias montagens teatrais, Cinema e TV, onde atuou em novelas, mini-séries, programas de humor, etc. Entre os trabalhos estã a novela “Desejos de Mulher” e “ Gabriela” e o seriado “ A Diarista”; Na Tv Cultura atuou em “Senta que lá vem a Comédia, e na “Câmara Café”, no SBT. Também já participou, durante esse tempo, de várias campanhas publicitárias de destaque em TV e rádio. Em cinema já participou do Longa Metragem, de Ricardo Pinto Silva, “Sua Excelência o Candidato”, e “De Pernas para o Ar”, de Roberto Santucci. Entre as Montagens Teatrais estão: “Ópera do Malandro”, interpretando “Geni”, papel qie o levou a indicação de melhor ator no Premio Shell do ano 2000. Foi indicado ao prêmio Mambembe por sua atuação em “No Reino das águas Claras” e atuou ainda em grandes montagens como “Quixote”, de C.A. Sofredini, no papel de Sancho, com direção de Eliana Fonseca. De Marco Caruso, com direção de Alexandre Reinecke, atuou em “Sua Excelência o Candidato”, além de Musicais, como “Wicked”, “Cantando na Chuva” e ‘Sunset Boulevard”.
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